Em declarações à Lusa, à margem do Encontro Nacional de Técnicos da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola de Portugal (Confagri), Francisco Silva vincou a necessidade de “combater frontalmente” aquela campanha, em nome da defesa da economia nacional.
“Há uns iluminados que criam umas ideias com intenção de assustar as pessoas […]. Na Confagri e estruturas associadas não podemos aceitar isso e temos de rejeitar liminarmente a campanha difamatória que há contra as nossas organizações, contra a produção de carne e contra a produção de leite”, referiu.
O responsável disse estar a referir-se aos movimentos veganos e às propostas, designadamente do PAN, de “aumento de impostos para produção de animais”.
Para Francisco Silva, são “modernices” que assumem a forma de “uma campanha contra a produção pecuária” e que são “absolutamente inaceitáveis”.
Por isso, instou o setor agrícola e pecuário a “fazer ver a realidade das coisas”, mostrando as qualidades e as virtualidades da sua produção.
“É um combate que temos pela frente, contra gente que parece que pretende destruir a economia portuguesa mais do que outra coisa qualquer e ser simpática em alguns meios”, disse, aludindo a “iluminados que, de um momento para o outro, querem alterar” o modo de alimentação “que vem de gerações”.
De resto, Francisco Silva apontou a questão climática, designadamente a falta de água, como o grande desafio que a agricultura portuguesa tem de enfrentar.
“O nosso país, ao longo de muitos anos, tem gerido muito mal o recurso água, que cada vez é mais fundamental na agricultura. O país tem de ter uma estratégia implacável em relação à captação e gestão da água, se não vamos ter sérios problemas, que já temos e que se vão agudizar no futuro”, alertou.
Ao Governo, a Confagri pede, sobretudo, que “negoceie bem” a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) que está sobre a mesa, para “garantir os apoios” que considera que a agricultura portuguesa merece.
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