A razão para dar um parecer “desfavorável” ao pedido apresentado pela empresa Berkeley Minera Espanha deve-se à “baixa fiabilidade e nas elevadas incertezas das análises de segurança da instalação radioativa em relação aos aspetos geotécnicos e hidrogeológicos”.
As avaliações realizadas sobre a documentação que acompanha o pedido de autorização da instalação também detetaram “numerosas deficiências ao longo da avaliação”.
O parecer técnico será agora submetido ao Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico espanhol, que irá tomar a decisão final sobre a matéria.
A Berkeley Energy estava a cair mais de 12% na bolsa de Madrid ao início da tarde, depois de se saber que o plenário do Conselho de Segurança Nuclear tinha dado um parecer “desfavorável” à autorização para a construção da fábrica de concentrados de urânio em Retortillo.
Anteriormente, em 2015, a empresa obteve a autorização para uma instalação radioativa de primeira categoria do ciclo do combustível, válida até setembro do ano passado.
No entanto, a decisão final estava pendente do relatório da CSN, que informou no início deste ano ter recebido pressões da Berkeley com o envio de várias cartas por gestores da entidade e membros do Governo de Castela e Leão, assim como vários investidores.
Ambientalistas portugueses e espanhóis têm-se manifestado contra a instalação da mina de urânio em Retortillo, a cerca de trinta quilómetros da fronteira entre Portugal e Espanha, a norte de Vilar Formoso.
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