Orientado pela maestrina Saraswati, o Coral Sinfónico de Portugal (CSP) junta coralistas de vários pontos do país que, a partir de outubro, ensaiam, no primeiro domingo de cada mês, na Quinta de Vishuddha, em Torres Novas (Santarém), preparando, em cada ano, “uma grande obra coral do património mundial”.
Saraswati disse à agência Lusa que, além da “Misa Criolla” e do “Misatango” (ou “Misa a Buenos Aires”), dos compositores argentinos Ariel Ramirez e Martin Palmeri, será também apresentado, no Teatro Virgínia, em Torres Novas, um outro programa, com a “Grande Missa em Dó menor”, de Mozart, a estrear no outono.
A maestrina, de origem escocesa, que criou o Coral Sinfónico de Portugal em 1990, depois de fixar residência perto de Torres Novas, lamentou a “pouca abertura” dos espaços culturais com grandes palcos para receber os espetáculos “de grande qualidade”, que resultam do trabalho feito com coralistas profissionais e amadores, “de todas as idades”.
“Nem respondem”, declarou, sublinhando o esforço de oferecer “concertos de qualidade” fora dos grandes centros urbanos e a necessidade de chegar a públicos que “não estão habituados” a géneros musicais mais eruditos, “nem nunca estarão, se a oferta continuar a ser restrita”.
O CSP tem-se apresentado em espaços religiosos, como a Sé de Évora e o Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, e em salas de espetáculos, como o Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, o Ateneu Artístico, em Vila Franca de Xira, o Teatro Municipal de Almada, o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, e todos os anos, “em casa”, no Teatro Virgínia em Torres Novas.
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