"Nós temos cerca de 1.700 idosos a residir no Alto Minho. São necessários dois mil testes para o Alto Minho para se poder fazer um rastreio eficaz de todas as instituições. É necessária urgência. Urgência é para já, não é para daqui a uma semana. É para já. Ouvimos falar que chegaram testes a Portugal, queremos que também venham para o Alto Minho. O Alto Minho exige testes para fazer despiste nas nossas instituições", afirmou José Maria Costa.

Contactado pela agência Lusa, a propósito de uma nota da CIM do Alto Minho hoje enviada à imprensa, a reafirmar a "urgência" na disponibilização de testes à covid-19 aos lares da região, o socialista José Maria Costa sublinhou que há "um crescimento de casos confirmados nos lares" dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo.

"Já temos alguns lares em situação muito crítica no Alto Minho e temos outras instituições já sinalizadas com suspeitas de infetados com o novo coronavírus. É necessário termos disponibilidade, imediata, de mais testes para prevenir o pior, e o pior é aquilo que todos nós não queremos, que é ver as instituições a passarem por situações de grande aflição", destacou.

Para José Maria Costa, que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo, os testes permitirão "fazer um rastreio atempado e poder evitar situações mais complicadas".

"É urgente que venham mais testes para o Alto Minho, e também para a região do Minho. O crescimento do número de infetados é de facto grande e a maior incidência é, de facto, nos lares e nas unidades de cuidados continuados. É preciso disponibilizar testes em quantidade e com celebridade", reforçou.

Na nota enviada à imprensa, a CIM do Alto Minho apela ao Governo para "reforçar, de imediato, as medidas de prevenção e resolução das situações de alto risco já detetadas nos lares".

Além dos "testes de despistagem para as situações críticas referenciadas pelas autoridades de saúde nos lares de idosos do Alto Minho", a comunidade intermunicipal quer ver "implementadas medidas de prevenção nos lares, nomeadamente fornecimento de Equipamentos Proteção Individual (EPI), nos controlos de temperatura à entrada e na rotatividade dos turnos dos colaboradores e funcionários dos lares".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

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