Os testes serão realizados em voluntários da área da saúde, médicos e enfermeiros, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

No semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do país, autorizou a realização destes testes que farão parte da terceira fase de um estudo do laboratório chinês Sinovac contra o novo coronavírus.

O Instituto Butantan, órgão ligado ao Governo regional de São Paulo, coopera com o desenvolvimento desta vacina chinesa e firmou um acordo com o laboratório que lhe permitirá fabricar a CoronaVac no país se a imunização se mostrar eficiente.

“É um salto para a vida aquilo que São Paulo, através do Instituto Butantan, está fazendo junto com um laboratório provado chinês”, frisou o governador brasileiro.

O governador também mencionou um outro teste para uma vacina que está a ser realizado no país numa parceria da Universidade de Oxford, do Reino Unido, com a Fundação Oswaldo Cruz.

“Torcemos também para que a vacina [desenvolvida pela universidade] de Oxford que está sendo igualmente testada aqui no Brasil produza resultado e possamos também fabricá-la em Manguinhos, no Rio de Janeiro, para termos duas vacinas em condições de imunizar milhões de brasileiros”, frisou Doria.

Segundo os representantes do governo regional de São Paulo há um acordo preliminar do Instituto Butantan com a Sinovac para fornecer, caso a vacina contra a covid-19 comprove a sua eficiência, 60 milhões de doses Brasil ainda em 2020.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 1,6 milhões de casos e 64.867 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 534 mil mortos e infetou mais de 11,47 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.