A recomendação adotada hoje pela Comissão Europeia fornece orientações aos Estados-membros sobre “como selecionar os testes rápidos de antigénio, quando são apropriados, e quem os deve administrar” e apela também à “validação e mútuo reconhecimento” destes testes dentro da UE.
“O reconhecimento mútuo dos testes tem uma importância primordial para facilitar o movimento transfronteiriço e a localização e tratamento de contactos transfronteiriços. Os Estados-membros são fortemente encorajados a reconhecerem mutuamente os resultados dos testes rápidos de antigénio”, refere a nota de imprensa publicada pelo executivo comunitário.
A Comissão Europeia recomenda também que os Estados-membros façam “testes rápidos de antigénio em complemento aos testes RT-PCR [testes moleculares] para conter a propagação do vírus, mitigar infeções e limitar as medidas de isolamento de quarentena”.
“Uma rápida identificação de indivíduos afetados auxilia a gestão e a monitorização regular de grupos de alto risco, como o pessoal médico ou os lares de terceira idade”, frisa o documento.
Em comunicado, a comissária com a pasta da Saúde, Stella Kyriakides, sublinha que a testagem é uma “ferramenta decisiva para conter a propagação do covid-19”.
“A testagem diz-nos a extensão da propagação, onde está e como se desenvolve [o vírus]. (…) O apoio e a solidariedade são primordiais para se ultrapassar esta pandemia”, refere Kyriakides.
O executivo comunitário anunciou também que assinou um acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) no valor de 35,5 milhões de euros, com o objetivo de “aumentar a capacidade de testagem” na UE.
“O investimento [na IFRC] será utilizado para apoiar a formação do pessoal na recolha de amostras e análises dos testes”, refere o comunicado.
Os líderes dos 27 vão reunir-se na quinta-feira para uma cimeira virtual onde debaterão a resposta coordenada da UE à pandemia atual de covid-19.
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