Em comunicado, a autarquia liderada por António Silva Tiago adianta que, “em estreita articulação com as autoridades de saúde local e regional”, tem estado “a trabalhar no desenho institucional e operacional deste plano, que será levado à prática já na próxima semana, estando prevista a realização dos primeiros testes na próxima terça-feira”.

Segundo adianta, foi criado um grupo de trabalho constituído por dois elementos do corpo clínico da autoridade de saúde local e por dois elementos da autarquia, “para definir os critérios essenciais que vão reger esta operação no terreno”.

O grupo de trabalho conta ainda “com o contributo técnico-científico do laboratório SYNLAB e com a comunidade académica”, de forma a “garantir o número de testes a realizar diariamente e promover a máxima celeridade possível na obtenção dos resultados”.

“Os nossos seniores são um património humano da comunidade que nos merece o mais profundo respeito, admiração e gratidão. Temos de ser dignos do legado que nos transmitiram, dedicando-nos uma vida de trabalho e de muitos sacrifícios”, sustenta o presidente da câmara da Maia, citado no comunicado.

No início desta semana, a Câmara da Maia chegou a colocar a hipótese, junto da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), de ser decretado o estado de calamidade no concelho e instituído um cordão sanitário, tendo solicitado às forças de segurança “intervenção mais assertiva”.

Entre os casos mortais resultantes da covid-19 em Portugal estão dois idosos da residência sénior O Amanhecer da Criança, localizada em Pedrouços, no concelho da Maia, que numa operação desenvolvida na sexta-feira à noite, em articulação com a câmara, transferiu os restantes 58 utentes para uma unidade hoteleira.

O presidente da instituição, José Manuel Correia, revelou ao início da noite de sexta-feira que o número de utentes do lar infetados tinha subido para 25, após conhecidos resultados de testes feitos durante a semana. A estes somavam-se 10 funcionários infetados, que permanecem em casa.

Portugal registou até hoje 100 mortes associadas à covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados subiu 902, para 5.170, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.

O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (44), seguida da região Centro (28), da região de Lisboa e Vale do Tejo (27) e do Algarve (1).

Os dados da DGS, que se referem a 75% dos casos confirmados, precisam que Lisboa é a cidade que regista o maior número de casos de infeção pelo coronavírus SARSCov2 (366), seguida do Porto (343 casos), Vila Nova de Gaia (262), Maia (219), Matosinhos (189), Gondomar (153) e Braga (152).

A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

Portugal, onde o primeiro caso foi confirmado a 02 de março e que está em estado de emergência até quinta-feira, entrou já na terceira e mais grave fase de resposta à doença covid-19 (Fase de Mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.

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