O caso reporta-se a uma pessoa natural da África do Sul, residente em Lisboa, que foi diagnosticada a 7 de janeiro e atempadamente isolada, pelas Autoridades de Saúde de nível regional e local, no âmbito das suas competências de vigilância epidemiológica”, revela um comunicado conjunto do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O INSA, através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infecciosas, identificou hoje o primeiro caso de covid-19 associado à variante da África do Sul, no âmbito da vigilância de base genética que o INSA desenvolve para monitorizar a circulação de variantes genéticas do SARS-CoV-2 de importância epidemiológica e clínica.
O INSA refere que “esta nova variante genética do SARS-CoV-2 tem sido assinalada pelas autoridades de saúde mundiais como merecedora de especial vigilância dado o seu elevado potencial de transmissão”.
“Além disso, alguns ensaios laboratoriais revelaram que esta variante poderá ser menos reconhecida por alguns dos anticorpos gerados no decurso de uma infeção, suscitando naturalmente uma preocupação acrescida”, refere o instituto.
No âmbito do “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, o INSA afirma que prosseguirá com as atividades de vigilância laboratorial do SARS-CoV-2 em articulação com as Autoridades de Saúde, mantendo especial foco na deteção de novas introduções e monitorização da circulação de variantes a suscitar particular interesse pela comunidade científica e Autoridades de Saúde.
O INSA tem vindo a desenvolver desde abril de 2020, em articulação com o Instituto Gulbenkian de Ciência e com a colaboração de mais de 65 laboratórios, hospitais e instituições de todo o país, um estudo que visa determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal.
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