Em declarações prestadas no âmbito da audição na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social, na qual acompanhou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, o responsável garantiu, porém, que essa situação está a ser acompanhada pelas autoridades.
“É um conjunto de dados que ainda é prematuro dizer que há uma forma crónica desta doença. É uma doença causada por um vírus, dá infeções agudas e pode haver alguma persistência de sintomas nos meses a seguir à infeção. É algo que é prematuro dizer que há uma forma crónica desta doença”, começou por dizer Válter Fonseca.
E o diretor do Departamento de Qualidade na Saúde na DGS acrescentou: “Está a ser acompanhada a vários níveis, não só nos próprios hospitais – alguns dos quais desenvolveram consultas de seguimento destes doentes para monitorizar esta evolução -, mas também a nível da comunidade científica, quer nacional, quer internacionalmente, e é algo que, através destes fóruns, a DGS acompanha para que, na eventualidade de se tornarem mais sólidas as evidências nesta área, se possa intervir em conformidade”.
As declarações de Válter Fonseca surgiram na sequência de um estudo apresentado pelo epidemiologista e presidente do Conselho Nacional de Saúde, Henrique Barros, na última reunião do Infarmed, na terça-feira, onde revelou que cerca de 25% a 30% das pessoas que tiveram covid-19 mantêm sintomas além de oito meses após a recuperação, o que transforma esta doença numa patologia crónica.
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