O objetivo da plataforma, segundo a tutela, é disponibilizar novos recursos e partilhar práticas que os professores possam adotar para “manter o processo de ensino e aprendizagem em funcionamento”, numa altura em que cerca de dois milhões de alunos estão em casa devido à suspensão das atividades presenciais em todos os estabelecimentos de ensino, como medida de contenção da propagação da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
No ‘site’, estão para já disponíveis orientações para diferentes tipos de atividades e tarefas que os professores podem propor aos alunos, informações sobre vários repositórios de recursos educativos, exemplos de ferramentas de interação e de comunicação, e sugestões de metodologias que possam ser usadas pelos docentes na planificação das aulas.
Segundo a tutela, a definição das ferramentas e metodologias a utilizar, entre aquelas disponibilizadas pela DGE, caberá a cada agrupamento, que deverá fazer essa escolha tendo em conta os diferentes níveis de ensino e de forma a garantir a harmonização dos métodos de ensino.
Numa nota dirigida aos diretores dos agrupamentos, a DGE aconselha que as escolas mantenham o contacto diário com os alunos e que privilegiem atividades acessíveis a todos e pouco exigentes do ponto de vista tecnológico, pensando nos alunos com menos recursos.
“Nesta fase inicial, é fundamental que sejam desenvolvidas formas simples para não se perder o contacto com os alunos, em particular aqueles que não têm ainda acesso a ‘internet’ ou equipamento”, lê-se na nota, em que a tutela apela também ao contacto com organizações e associações locais para assegurar que esses estudantes tenham disponíveis os materiais de trabalho necessários.
Na mesma nota, a DGE aconselha também que cada escola ou agrupamento crie uma equipa de apoio para facilitar a adaptação dos próprios docentes ao regime de ensino à distância.
O Governo anunciou na sexta-feira a suspensão das atividades presenciais letivas e não letivas em todos os estabelecimentos de ensino, desde creches a universidades e politécnicos, a partir de hoje e até dia 09 de abril, como uma das várias medias para controlar a propagação do novo coronavírus, numa altura em que o país está em Estado de Alerta.
Portugal registou hoje a primeira morte por Covid-19, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido.
Trata-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a ministra, que transmitiu as condolências à família e amigos.
Há 331 pessoas infetadas até hoje, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim da DGS assinala 2.908 casos suspeitos até hoje, dos quais 374 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019 na China e já provocou 6.500 mortos em todo o mundo e infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais mais de 75 mil recuperaram.
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