Na informação, publicada esta noite na página oficial da Presidência da República, diz-se que a reunião “decorreu já há alguns dias” e serviu para expor “a situação dramática vivida pelos agentes económicos deste subsetor do comércio”.

Os feirantes referiram, de acordo com a mesma nota, a “dificuldade em assumir o pagamento de impostos quando a receita é nula – para muitos, desde final de outubro” e a “alegada falta de equidade no acesso a medidas governamentais de apoio a empresas e agentes culturais”.

Hoje, dezenas de feirantes participaram numa manifestação convocada pela Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC), junto ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

Na manifestação, “várias pessoas tentaram furar o cordão policial para entrar no Ministério e foram impedidas”, segundo o porta-voz da Polícia de Segurança Pública (PSP), Nuno Carocha.

Do confronto entre os feirantes e a polícia resultaram um detido e um ferido, adiantou a mesma fonte, referindo que o protesto juntou “algumas dezenas” de pessoas.

A 6 de maio, os representantes da recém-criada APIC saíram "indignados" de uma reunião com o Governo, reclamando apoios à sustentabilidade dos negócios e a suspensão do pagamento de alguns impostos, uma vez que estão impedidos de trabalhar por causa da pandemia de covid-19.

Os negócios itinerantes em eventos culturais, feiras, festas, romarias e circos, a maioria das quais canceladas, ficaram comprometidos neste contexto de crise sanitária.

O Governo anunciou que as feiras (excluindo as de diversão) e os mercados de venda de produtos podiam reiniciar a sua atividade a partir de 18 de maio, "devendo para tal existir um plano de contingência".