“Não é por nada que os mercados continuam a poder estar abertos, a venda ambulante está permitida, fizemos tudo para poder continuar a assegurar a distribuição destes produtos que, mesmo em tempos de pandemia, todos necessitamos de consumir”, declarou.

A ministra anunciou hoje apoios financeiros para que empresas que fecharam ou reduziram a atividade possam reconverter a produção às necessidades de equipamentos de prevenção e combate à covid-19 e frisou que a pequena produção não ficou esquecida, embora estes apoios, em concreto, não lhe sejam dirigidas.

Ana Abrunhosa entende que a dificuldade dos pequenos produtores é a distribuição e, por isso, o Governo não incluiu o encerramento de mercados, nem a proibição de venda ambulante nas medidas de contenção da propagação do novo coronavírus.

A ministra defende que é preciso manter estas cadeias de distribuição e desafia os produtores a organizarem-se também nas plataformas digitais.

A governante deu o exemplo recente do cabrito transmontano da raça Serrana, que estava sem procura para a Páscoa e, depois de um apelo da associação nas redes sociais, ficou sem resposta para as encomendas.

“Não estou a dizer que não há impacto, estou a dizer que se há uma coisa que nós todos temos de fazer durante a pandemia é comer e, porque temos de continuar a comer, temos que de facto garantir a distribuição, nomeadamente nas cadeias curtas”, afirmou.

A ministra falava durante uma visita que fez hoje a Bragança, no interior do país, e onde afirmou que se há ambiente saudável para continuar a trabalhar, durante a pandemia, é no campo e, “com todas as dificuldades, as cadeias curtas (de distribuição) estão a funcionar”.

“Nós não temos falta de produtos alimentares nos supermercados, houve uma campanha do cabrito de Trás-os-Montes que se esgotou num dia e, portanto, nós hoje temos de fazer estas cadeias curtas, seja usando as tecnologias (ou) trabalhando uns com os outros”, considerou.

A ministra da Coesão Territorial destacou ainda que “se há momento em que se percebe que o interior tem qualidade de vida e oferece aquilo que outros territórios não têm, a segurança a todos os níveis e qualidade de vida, é este”.

“E esse é o grande e extraordinário potencial do interior, onde podemos viver, trabalhar, onde ao contrário do que muitos dizem, há saúde com qualidade, senão porque é que em plena pandemia as pessoas fugiriam para o interior”, observou.

A ministra destacou também “a coesão territorial” que se nota nestas regiões no combate à pandemia com “a grande mobilização de vários atores, dos autarcas, dos politécnicos, das universidades, da área da saúde, da Segurança Social.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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