Numa reunião por videoconferência com o presidente do executivo espanhol, Pedro Sánchez, com os líderes das comunidades, a dirigente regional explicou que a verba seria distribuída pelas áreas da saúde (1.000 milhões), apoios sociais (100 milhões) e educação (100 milhões), sem lugar a reembolso ao Estado.

A nível económico, a presidente da comunidade madrilena pediu ainda que as regiões possam usar os seus ‘superavit’ para lidar com a crise sanitária, em vez de amortizarem antecipadamente a dívida ao governo central, além do adiantamento do montante atribuído pelo executivo ao Consórcio Regional de Transportes para o ano 2020, no total de 127 milhões.

Isabel Diaz Ayuso propôs também a criação de “um fundo nacional para compensar o atraso na resolução de casos nos tribunais de justiça”.

A presidente da comunidade autónoma denunciou ainda a falta de equipamentos médicos e de proteção para os profissionais de saúde, além de ter criticado o Ministério da Educação pela preparação dos calendários escolares sem consultar as diferentes regiões, bem como o encerramento de todos os hotéis, defendendo a abertura de algumas unidades para acolherem vítimas de violência de género, idosos ou sem-abrigo.

Paralelamente, Isabel Diaz Ayuso decretou luto oficial na região e a colocação da bandeira a meia haste nos edifícios públicos a partir desta segunda-feira, em memória das vítimas da pandemia de covid-19.

O decreto, que será assinado ainda este domingo para publicação imediata, lembra o “grande número de mortes” na região madrilena e assinala que o luto é um “testemunho da dor da comunidade de Madrid perante o sofrimento de toda a população afetada pela pandemia”.

Através de uma nota de imprensa publicada no seu site oficial, o governo regional apelou ainda aos cidadãos para cumprirem um minuto de silêncio todos os dias às 12:00 em memória das vítimas provocadas pelo SARS-CoV-2 na região de Madrid e em toda a Espanha.

De acordo com os dados apresentados hoje pelo Governo espanhol, a região de Madrid contabiliza 3.082 mortes desde o início da pandemia de covid-19 e 22.677 infeções.

Espanha é o segundo país com maior número de mortes, a seguir à Itália, registando 6.528, entre 78.797 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (mais de 123 mil).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000. Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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