De acordo com notícia do Público, após três semanas começam a ser verificados os efeitos da primeira fase de desconfinamento que, segundo o investigador Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, é marcada por um aumento de casos (a um ritmo crescente) nas faixas etárias dos 0 aos 5 e dos 6 aos 12 anos.
Carlos Antunes tem acompanhado a incidência de casos a sete dias por 100 mil habitantes nas faixas etárias mais jovens com o objetivo de entender o impacto que o fecho e a abertura das escolas têm na evolução dos contágios.
O aumento da incidência na faixa dos 0-5 anos começou a verificar-se a 21 de março e dos 6-12 anos a partir de 26 de março, mas o aumento “significativo” registou-se a partir de dia 29 de março. Este comportamento foi contrário à tendência verificada nos restantes grupos etários: são os únicos que estão a aumentar.
“São os únicos que estão a aumentar a incidência. Enquanto os outros estão a diminuir ou na ‘linha de água’, estes já estão a aumentar há vários dias e com taxas muito elevadas”, refere Carlos Antunes, citado pelo Público.
Estes aumentos “não fazem disparar a incidência global”, pelo que considera que devem ser encarados com uma “preocupação relativa e moderada”.
A reabertura das creches, jardins-de-infância e aulas presenciais do 1.º ciclo tiveram início a 15 de março. Esta segunda-feira, regressaram os alunos de 2.º e 3.º ciclo, pelo que Carlos Antunes espera agora verificar um aumento da incidência também no grupo dos 13 aos 17 anos.
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