Portugal regista hoje 903 mortos associados à covid-19, mais 23 do que no sábado, e 23.864 infetados (mais 472), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Comparando com os dados de sábado, em que se registavam 880 mortos, hoje constatou-se um aumento percentual de óbitos de 2,6%.

Relativamente ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus, os dados da DGS revelam que há mais 472 casos do que no sábado, representando uma subida de 2%.

O número de recuperações subiu de 1277 para 1329.

No total registaram-se até hoje 236.410 casos suspeitos, dos quais 207.873 não confirmados.

Há ainda 4.673 casos a aguardar resultado laboratorial e 30.453 casos em contacto de vigilância.

Registam-se atualmente 1005 casos de pessoas internadas (menos 35, uma descida de 3%), 182 das quais nos cuidados intensivos (menos 4 internados, uma descida de 2%).

Os principais sintomas são febre (36%), tosse (50%), dificuldade respiratória (15%), cefaleia (23%), dores musculares (26%) e fraqueza generalizada (20%).

A região mais afetada é a do Norte com 14.386 casos confirmados e 519 óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo com 5531 casos e 175 óbitos; a região Centro com 3232 casos confirmados e 188 óbitos, o Algarve com 322 casos e 12 óbitos; Alentejo com 187 casos e um óbito a registar. Nas regiões autónomas, registam-se 120 casos nos Açores e 8 óbitos, e 86 casos na Madeira sem óbitos a registar.

Entre os casos importados, destacam-se os provenientes de Espanha (171), França (137), Reino Unido (88), dos Emirados Árabes Unidos (48), da Suíça (45), de Itália (29) e dos EUA (24).

Os primeiros casos confirmados em Portugal foram registados no dia 2 de março de 2020.

O país está desde as 00:00 de 19 de março em estado de emergência até dia 2 de maio.

Novo coronavírus SARS-CoV-2

A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados, sendo eles febre (com temperaturas superiores a 37,5ºC), tosse e dificuldade respiratória (falta de ar).

Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas. A doença pode durar até cinco semanas.

Considera-se atualmente uma pessoa curada quando apresentar dois testes diagnósticos consecutivos negativos. Os testes são realizados com intervalos de 2 a 4 dias, até haver resultados negativos. A duração depende de cada doente, do seu sistema imunitário e de haver ou não doenças crónicas associadas, que alteram o nível de risco.

A covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.

Quando tossimos ou espirramos libertamos gotículas pelo nariz ou boca que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Estas gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Vários laboratórios no mundo procuram atualmente uma vacina ou tratamento para a covid-19, sendo que atualmente o tratamento para a infeção é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.

Onde posso consultar informação oficial?

A DGS criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.

Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde.