“Parece-nos adequado e desejável, mediante o que são as novas normas. Não podemos esquecer que estamos praticamente todos vacinados (…) e muitos adultos já com dose de reforço”, afirmou Jorge Ascensão, presidente da Confap.
Em declarações à agência Lusa, o responsável, que falava depois de a Direção-Geral da Saúde (DGS) ter esclarecido que as crianças que tenham um contacto com um caso positivo de covid-19 na escola não ficam em isolamento, lembrou que “há demasiado tempo que as crianças sofrem o impacto dos isolamentos”.
“Estamos hoje muito focados no problema da infeção, que nem sempre é doença, e estamos a esquecer um pouco o impacto que tudo isto teve e tem ao nível da saúde de todos nós, particularmente as crianças, por não poderem ir à escola”, afirmou.
A DGS alterou os critérios para os contactos de alto risco, que a partir de segunda-feira passam apenas a ser os coabitantes que não tenham esquema vacinal completo. No caso das crianças, enquanto não tiverem o esquema completo, apenas as que morem na mesma casa do caso positivo devem ficar em isolamento. As restantes, fazem um teste ao terceiro dia.
“É ajustado que a criança que está positiva tenha de isolar, mas as restantes não tem de isolar logo, mas sim fazer teste, e podem, se não estiverem positivas, continuar a sua vida nas escolas”, afirmou Jorge Ascensão.
O dirigente da Confap lembrou ainda que muitas famílias sentem mais ansiedade e inquietude nos filhos, “alguns até parece que mudaram o comportamento” com o impacto dos isolamentos impostos pela pandemia de covid-19.
“Havia uma situação que criava incompreensão que era o facto de ser o delegado de saúde que decidia [sobre os isolamentos] e de, perante situações muito semelhantes, haver casos em que encerravam a escola, outros isolavam a turma, outros só um aluno ou um grupo de alunos. Havia alguma disparidade e os pais não compreendiam, independentemente de se aceitar que, mediante o contexto, houvesse situações diferentes”, lembrou.
As aulas deverão recomeçar na segunda-feira em Portugal depois de ter sido alargado o período de férias do Natal de duas para três semanas como medida de combate à pandemia.
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