“Já se falou aqui nos restaurantes quando o estudo diz que apenas 2% dos casos de transmissão acontecem nos restaurantes, mas fecham-se os restaurantes. Atira-se para a ruína milhares de pequenas empresas da restauração e vai-se atirar para o desemprego dezenas de milhares de pessoas, mas pelos vistos não é ali que está o problema”, afirmou.
Jorge Pires falava aos jornalistas após a reunião alargada entre especialistas em saúde pública e responsáveis políticos, no Infarmed, em Lisboa.
“Independentemente do crescimento que se mantém do número de casos, é de realçar que há um decréscimo desse crescimento, que está a ser mais lento”, continuou.
As reuniões sobre a evolução da pandemia da covid-19 em Portugal, que juntam políticos, especialistas e parceiros sociais, foram hoje retomadas.
“Estivemos muitas horas a ouvir medidas e mais medidas, todas nos sentido de condicionar os direitos e mobilidade das pessoas, apontando muito no sentido do confinamento e não ouvimos nada sobre medidas no plano sanitário que são fundamentais para combater a doença”, lamentou o dirigente do PCP.
A última destas reuniões realizou-se na Faculdade de Medicina da Universidade Porto, no dia 07 de setembro, após terem estado interrompidas cerca de dois meses.
Portugal contabiliza pelo menos 3.632 mortos associados à covid-19 em 236.015 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
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