Numa pergunta entregue no parlamento e hoje divulgada, o PEV pede ao Ministério da Educação que confirme se as aulas de facto serão à distância, em que formato, e que explique como tenciona "resolver questões de desigualdade de acesso aos novos conteúdos sem que estes processos sejam fator de abandono escolar".
O PEV questiona em particular a possibilidade de as aulas serem dadas através da Televisão Digital Terrestre (TDT), alegando que esse é um meio "igualmente inacessível a inúmeros alunos, em particular aqueles que residem nas áreas montanhosas, onde também o acesso à internet tem grandes limitações".
Ao argumento de que a TDT é acessível pela "generalidade das famílias", o PEV contrapõe que "há zonas do país, em particular as montanhosas, que não têm cobertura".
"Embora a Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações) afirme que 100% da população portuguesa tem acesso à televisão digital, a verdade é que 7,5% só tem acesso por receção via satélite (DTH), enquanto que a cobertura da televisão analógica em 2012 rondava os 98%. Aliás, passados oito anos deste processo de transição, milhares de pessoas continuam sem aceder à TDT", acrescenta o partido ecologista.
O PEV relata ter recebido "as mais variadas queixas sobre os modelos implementados e sobre as desigualdades impostas" desde o encerramento das escolas devido à pandemia da Covid-19 e defende que "nada substitui a proximidade, desde logo porque aos alunos deve ser feita uma avaliação contínua".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou cerca de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 63 mil morreram.
Portugal regista hoje 295 mortes associadas à Covid-19, mais 29 do que no sábado, e 11.278 infetados (mais 754), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
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