O debate decorre no âmbito da reunião informal dos ministros do Mercado Interno e da Indústria, realizada por videoconferência, e na qual Portugal estará representado pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.
Na ocasião, será discutida a estratégia industrial apresentada na semana passada pela Comissão Europeia para incrementar esta produção de vacinas contra a covid-19 na UE, que prevê uma estreita colaboração com os fabricantes para ajudar a monitorizar as cadeias de abastecimento e fazer face a problemas de produção.
Falando em entrevista à agência Lusa na semana passada, após a apresentação dessa estratégia, o comissário europeu da tutela, Thierry Breton, referiu que iria participar neste conselho de Competitividade para ter uma “discussão sobre esta matéria” com os ministros, vincando ser “crucial que se consiga acelerar o processo industrial” de vacinas na UE.
“Todos têm algo a acrescentar para esse objetivo, porque a cadeia de abastecimento e a logística está em todo o lado”, disse o comissário europeu do Mercado Interno.
Thierry Breton afirmou ainda à Lusa que é “muito significativo que a presidência portuguesa da UE tenha acordado promover esta discussão sobre a comunicação apresentada e também sobre as consequências da questão da distribuição”.
Com vista ao aumento da produção, a estratégia apresentada pela Comissão preconiza uma atualização ou celebração de novos acordos de compra antecipada para apoiar o desenvolvimento de vacinas novas e adaptadas através de financiamento da UE.
A discussão de hoje surge numa altura em que o ritmo da campanha de vacinação contra a covid-19 na UE está aquém do desejado e em que vários Estados-membros dão sinais de crescente impaciência com a morosidade na distribuição das vacinas adquiridas por Bruxelas.
Depois de algumas farmacêuticas (como a AstraZeneca) terem informado a instituição de que iriam entregar menos doses do que as acordadas para o primeiro trimestre de 2021, Bruxelas criou um grupo de trabalho liderado por Thierry Breton para tentar resolver problemas de fabrico.
De acordo com o comissário europeu da tutela, um total de 41 fábricas em nove países da UE estão ou poderão vir a trabalhar nas vacinas contra a covid-19, entre produção total ou só de componentes.
Bruxelas quer reforçar estes números para garantir entregas mais rápidas.
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