"Tive alta hospitalar ontem [terça-feira], estive 19 dias internado", disse hoje à agência Lusa o presidente da autarquia de Sardoal, no distrito de Santarém, tendo feito notar que "os sintomas desapareceram", apesar dos últimos testes ainda acusarem a presença do SARS-CoV-2, e que o aguarda "ainda um bom período de recuperação em casa, acompanhado também pela unidade local de saúde", mas sem necessidade de isolamento profilático.
Em mensagem escrita, Miguel Borges assinalou que "os sintomas desapareceram e, de acordo com a norma 4/2020 da DGS, um doente com mais de 20 dias de sintomas não necessita de continuar em isolamento".
Deu também conta de ter passado por um período muito difícil em internamento, não tendo antecipado um dia para o regresso à vida normal.
"Não há previsão de voltar à normalidade", afirmou, referindo que nestes 19 dias tem acompanhado "com alguma distância" a vida política e que a companhia enquanto esteve hospitalizado foram "as leituras possíveis".
Miguel Borges acusou positivo ao novo coronavírus no dia 14 de novembro, e entrou em isolamento profilático domiciliário, a par da sua mulher, também com teste positivo ao SARS-CoV-2, revelou, na ocasião, o autarca.
Na altura, o presidente da Câmara informou da sua condição de positivo ao SARS-CoV-2 numa mensagem publicada na sua página nas redes sociais, tendo assegurado estar "consciente de ter cumprido as normas o mais possível", mas lembrando que, "mesmo assim, as coisas podem acontecer e aconteceram".
Casado e com quatro filhos, o professor social-democrata, que, além de autarca, é presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Santarém, tem 55 anos e integra os grupos de risco devido a algumas patologias como a diabetes e a hipertensão.
O seu município é um dos que integra a lista de 191 concelhos sob risco muito elevado de contágio por covid-19. No universo de cerca de 3.750 habitantes com residência em Sardoal, o último boletim epidemiológico do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo indicava hoje um total de 63 casos de infeção desde o início da pandemia, dos quais 36 pessoas estavam dadas como recuperadas da doença.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 5.192 mortes e 332.073 casos de infeção pelo novo coronavírus, estando hoje ativos 72.181 casos, mais 1.755 em relação a terça-feira.
Comentários