Reino Unido

Aquele departamento governamental divulgou também hoje a forma sobre como vão ser aplicadas as restrições regionais após o fim do confinamento em Inglaterra.

Na terça e quarta-feira tinham sido registadas 608 e 696 mortes, respetivamente, mas as autoridades e especialistas têm advertido para o risco de serem feitas análises com base nas flutuações diárias, que podem ser resultado de outros fatores, incluindo administrativos.

A média diária dos últimos dias é atualmente de 465 mortes.

O número de pacientes hospitalizados também tem estado em regressão, e na terça-feira, data dos últimos dados disponíveis, estavam internados 16.341 infetados, dos quais 1.480 com assistência de ventilador.

A média diária de hospitalizações nos sete dias até segunda-feira era de 1.636 pacientes, menos 7% do que nos sete dias anteriores.

Desde o início da pandemia de covid-19, o Reino Unido contabilizou oficialmente 57.031 mortes de covid-19 e 1.574.562 casos positivos.

Hoje, o governo britânico publicou o plano detalhado sobre como vão ser aplicados regionalmente os três níveis de restrições no dia 02 de dezembro, quando vai ser levantado o confinamento nacional em Inglaterra.

Cerca de 23 milhões de pessoas vão continuar sob o nível mais alto, nomeadamente Birmingham e Manchester, o que implica que bares e restaurantes só podem vender para fora e espaços de lazer, como cinemas, devem permanecer fechados.

Londres, com mais de 8 milhões de habitantes, está no segundo nível, onde a maioria das lojas e restaurantes podem abrir com restrições, mas só é autorizado ao ar livre o convívio entre de diferentes agregados até um máximo de seis pessoas.

Apenas três áreas remotas e insulares (Cornualha e ilhas de Scilly e Whight) ficam no nível mais baixo, o qual permite o funcionamento quase normal de bares e restaurantes e convívio entre famílias diferentes em espaços fechados.

A Inglaterra iniciou um confinamento nacional de quatro semanas em 05 de novembro para conter um aumento de infeções com covid-19, o que resultou no encerramento de comércio não essencial e a recomendação de ficar em casa, mas as escolas permaneceram em funcionamento.

O governo britânico anunciou na semana passada uma “trégua” temporária em todo o Reino Unido para o período de Natal, quando será permitida a reunião de até três agregados familiares dentro de casa entre 23 e 27 de dezembro, independente do nível de restrições.

Itália

Itália contabilizou 822 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, voltando aos níveis de março, atingindo um total 52.580 óbitos desde o início da pandemia, indicou hoje o Ministério da Saúde italiano.

Segundo os dados oficiais, também nas últimas 24 horas, foram registados 29.003 novos casos do novo coronavírus, número superior aos cerca de 26.000 contabilizados no dia anterior, embora se tenha realizado um número maior de testes de despistagem (cerca de 232.000).

O número total de infeções supera já o milhão e meio (1.509.875).

Os dados parecem confirmar a tendência de que a curva de contágios estará a estabilizar, mas o mesmo não se passa com a relacionada com o de mortes.

A percentagem de testes positivos nas provas voltou a subir hoje de 11,2% para 12,4%.

O número de pacientes internados nos hospitais diminuiu para 34.038, o mesmo acontecendo, embora muito ligeiramente, aos internados em unidades de cuidados intensivos (UCI), que baixou para 3.846, menos dois do que no dia anterior.

Por outro lado, o número de médicos que morreram com doenças associadas á covid-19 chegou hoje aos 217, segundo a Federação Nacional de Colégios Médicos de Itália.

Espanha

A Espanha registou hoje 12.289 novos casos de covid-19, elevando para 1.617.355 o total de infetados no país desde o início da pandemia, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 337 mortes, desde quarta-feira, atribuídas à covid-19, passando o total de mortes para 44.374.

O nível de incidência acumulada (pessoas contagiadas) em Espanha continua a descer, sendo hoje de 325 casos diagnosticados (menos 16 do que no dia anterior) por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Castela e Leão (559), Astúrias (533) e País Basco (513).

O epidemiologista chefe do Ministério da Saúde espanhol, Fernando Simon, sublinhou hoje que “a evolução está a ser favorável”, mas o país continua “muito acima de uma situação segura”, definindo como “objetivo” atingir um nível de incidência acumulada inferior a 50 pessoas.

Fernando Simon realçou que a tendência de descida dos contágios se reflete também na ocupação das camas nos hospitais e alertou que estes “continuam a ser pressionados”.

Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.388 pessoas, das quais 252 na Catalunha, 209 na Andaluzia e 173 em Madrid.

Em todo o país há 15.316 pessoas hospitalizadas com a covid-19, o que corresponde a 12,30% das camas, das quais 2.815 pacientes em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a 28,64% das camas desse serviço, números que estão a decrescer há várias semanas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,4 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 4.209 em Portugal.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (57.031 mortos, mais de 1,5 milhões de casos), seguindo-se Itália (52.850 mortos, mais de 1,5 milhões de casos), França (50.618 mortos, mais de 2,1 milhões de casos) e Espanha (44.374 mortos, mais de 1,6 milhões de casos).