A presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Elsa Baião, disse à agência Lusa que o número de doentes infetados na unidade de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, subiu de 14 para 16, mas, destes, cinco tiveram alta hospitalar e estão recuperados.
Os profissionais infetados pela covid-19 continuam a ser nove e são todos da urgência.
Já os doentes que acusaram positivo eram de vários serviços e os que se mantêm internados foram transferidos para a enfermaria da covid-19.
O CHO aguarda ainda por resultados de testes realizados tanto a profissionais, como a doentes.
Segundo a responsável, “a situação está controlada”.
O surto levou o centro hospitalar a testar 295 profissionais e a identificar 104 doentes como contactos próximos relacionados, tanto de doentes, como de profissionais.
Entre os doentes infetados, três morreram, mas o CHO esclareceu que eram “doentes com idades avançadas, com doenças crónicas descompensadas e cuja causa de morte não está diretamente relacionada com a infeção covid-19″.
O foco de infeção surgiu no Serviço de Urgência Geral do Hospital daquela unidade relacionado com um doente que esteve internado naquele serviço “com patologias não respiratórias”.
De acordo com o CHO, o doente “foi testado antes de ter alta” e foi “validado como negativo”, mas “a situação clínica do doente agravou-se e este regressou à urgência, 24 horas depois, desta vez com queixas respiratórias”.
Após um segundo teste ao novo coronavírus, o resultado foi positivo, tendo o doente sido internado na “área covid” do hospital de Torres Vedras.
Na unidade de Torres Vedras do CHO, existe uma enfermaria destinada aos doentes covid, com lotação para 24 camas e uma taxa de ocupação na ordem dos 50%.
O CHO integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 505.500 mortos e infetou mais de 10,32 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.576 pessoas das 42.141 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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