“Chegaram 550.000 ‘kits’ de testes rápidos, os primeiros 500.000 para a segunda ofensiva de coronavírus. A coordenação com o Governo chinês permitiu a doação e também a importação desta ajuda”, anunciou a vice-presidente da Venezuela.

Delcy Rodríguez falava no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (norte de Caracas), onde foi recebida a ajuda humanitária enviada pela China, que, disse, será usada para dotar os hospitais venezuelanos para detetar a Covid-19 e para proteger o pessoal médico venezuelano que combate o vírus.

Segundo a vice-presidente da Venezuela, este carregamento de ajuda humanitária incluiu suprimentos médicos, materiais cirúrgicos, ventiladores, tomógrafos, desfibrilhadores, 5 milhões de máscaras, cem mil trajes de isolamento, lentes de segurança, luvas e sapatilhas de segurança.

Trata-se, explicou, de uma ponte aérea com a China que fez também chegar a Caracas medicamentos antivirais, sedantes, 30 mil unidades de cloroquina e 70 mil termómetros infravermelhos.

Com esta ajuda, o Governo venezuelano reforçará as estratégias locais para cortar as cadeias de transmissão do vírus e proteger a população da Covid-19.

A 19 de março último a Venezuela recebeu o primeiro carregamento de ajuda da China, com 4.015 ‘kits’ de testes da Covid-19, medicamentos e reagentes no âmbito de uma campanha preventiva do coronavírus.

A Venezuela tem oficialmente 113 casos de infeção com o novo coronavírus registados no país e duas mortes confirmadas.

A Venezuela está desde 13 de março em “estado de alerta”, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.

O “estado de alerta” foi decretado por 30 dias, que podem ser prolongados por igual período.

Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.

Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os vários estados.

As clínicas e hospitais estão abertos, enquanto farmácias, supermercados, padarias e restaurantes estão a funcionar em horário reduzido, com estes últimos a vender apenas comida para fora.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 640 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 30.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 130.600 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.