De acordo com o Jornal de Notícias, em 2020, 477 pessoas tiveram de ser protegidas por 200 operacionais em Lisboa, Porto, Faro, Açores e Madeira, por forma a evitar situações de coação, agressão ou morte.
Os elementos do CSP estão prontos para detetar o mínimo detalhe que possa ser indicador de uma ameaça, enquanto se mantêm discretos. "Temos de ser camaleões. Trabalhar sempre na sombra. Evitar que a nossa presença seja detetada, mas ao mesmo tempo temos de ser eficazes, profissionais e leais. Os nossos elementos ouvem muitos segredos quando protegem entidades e têm de ser leais. Se fossemos fazer um livro do que ouvimos dava um grande livro da História de Portugal, porque estivemos em todos os grandes momentos de decisões políticas. Estivemos e estamos nos concelhos de ministros, na presidência da República, junto dos primeiros ministros de esquerda ou de direita", explica Alexandre vieira, líder do CSP, citado pela publicação.
Os operacionais protegem estas personalidades em perigo, a quem são atribuídos nomes de código, que são classificados. Por exemplo, no caso de deslocações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o seu nome ou cargo nunca são referidos na troca de comunicações entre elementos do CSP. O próprio local para onde se desloca também não é mencionado, por questões de segurança.
Além da proteção a figuras do Estado, o CSP protege também juízes, magistrados do Ministérios Público, advogados, testemunhas e arguidos, que estão envolvidos em processos judiciais. De acordo com a publicação, no ano passado, seis juízes foram protegidos – uns pontualmente, outros durante várias sessões de julgamentos “mais sensíveis” –, dois magistrados do Ministério Público, por estarem sob ameaça, e 20 testemunhas. O JN conta ainda que outras pessoas alvo de proteção no ano passado foram cidadãos anónimos, visitas internacionais e testemunhas de outras nacionalidades, implicadas em processos sensíveis noutros países e que se deslocaram a Portugal.
Todas as pessoas alvo de proteção foram sujeitas a uma avaliação de risco realizada pela PSP ou pelos elementos dos Serviços de Informações e Segurança.
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