No programa da TSF e CNN Portugal, "O Princípio da Incerteza", Alexandra Leitão, ex-ministra da Modernização e da Administração Pública e atual deputada, assumiu que e entrevista de António Costa causou-lhe "algum desconforto"
"É que esta maioria absoluta está no início e eu quero que não seja uma maioria absoluta em declínio. O que me custou foi ver um déjà vu relativamente a outras maiorias absolutas, até com repetição de algumas das palavras utilizadas noutras maiorias absolutas, e desta maioria - que apoiei e apoio - esperava uma outra abertura, um outro diálogo, diálogo esse que deve ser na dimensão da sociedade, concertação social, com os parceiros, mas também deve ser no parlamento", defendeu a deputada.
O mesmo sentimento já tinha sido partilhado pelo ex-ministro da Economia Pedro Siza Vieira à rádio. "É uma entrevista de alguém que está completamente instalado, muito confortável na sua posição, hiper confiante, e é aí que alguma coisa dá uma sensação de desconforto a quem lê", declarou Siza Vieira à TSF.
Sobre as declarações do primeiro-ministro, sobre a forma e conteúdo, o ex-governante diz "é uma maneira de falar que me sugere aquela expressão grega húbris. Aquela tentação, aquele sentimento de quem que se sentia infalível e que punha em causa os deuses".
No seu habitual comentário semanal da SIC Notícias, na noite deste domingo, Ana Gomes foi mais longe e avaliou também a fotografia que fez capa da Visão.
"A fotografia na capa da Visão é assim uma postura… não diria de Marquês de Pombal, mas Marquês de Pimbal, porque reformas zero", disse.
A socialista Ana Gomes diz ainda que as declarações de António Costa dão "a sensação que o primeiro-ministro se acha já grande demais este país".
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