"Esse debate, como qualquer debate, deve ser esclarecedor e motivador de melhorias e de aperfeiçoamentos. Mas, mesmo esse debate, por muito que o devamos encetar, e eu considero que ele não pode deixar de acontecer, não deve esquecer, no seu tempo e nos seus modos, que não é no meio da batalha que se discutem as armas que temos", considerou o governante, intervindo no Dia da Região Autónoma dos Açores.

Vasco Cordeiro referiu-se ao que "alguns consideram ser as limitações ou incongruências, também durante o estado de emergência, dos instrumentos" da autonomia açoriana para "agir e lidar" com uma situação como a atual pandemia.

E prosseguiu: "No meio da batalha, combate-se. De mãos nuas, se necessário for. Da parte do Governo dos Açores, para o passado, para o presente e para o futuro a orientação foi, e é, clara: a cada momento, fazer o melhor, no que é necessário fazer, onde se está e com o que se tem".

Um dos exemplos que alguns apontaram foi a incapacidade da região de impedir a total circulação de viagens aéreas do exterior para os Açores: foram dadas indicações à Azores Airlines nesse sentido, a Ryanair também deixou de operar, mas o Governo da República deu ordens para a TAP continuar a operar, decisão "muito firme", como definiu recentemente o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

O Dia dos Açores foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980, visando celebrar a autonomia política e administrativa da região, sendo celebrado na segunda-feira do Espírito Santo, também conhecida por Dia do Bodo ou Dia da Pombinha, devido à forte implantação destas festividades nas comunidades açorianas.

Até ao momento, já foram detetados na região um total de 146 casos de infeção, verificando-se 128 recuperados, 16 óbitos e dois casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, ambos na ilha de São Miguel.