O objetivo é instalar seis unidades no Hospital de Braga, duas no Hospital de Gaia e uma no quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbrões, ficando com uma de reserva para futuras requisições, explicou o coordenador do movimento à agência Lusa.
Segundo Pedro Castro, o número de autocaravanas e caravanas cedidas por empresas e particulares para apoio ao combate à pandemia sobe para 31 viaturas, desde o arranque de “ISTAR contra o covid-19”, em meados de março.
As dez que na quarta-feira viajam desde Lisboa até ao norte, cedidas pela empresa "GoFree", vão transportar viseiras do Movimento Maker Portugal, para distribuir em lares e hospitais, avança Pedro Castro.
Ao serviço estão já 21 unidades no Hospital de Gaia, Hospital de Braga, bombeiros de Leiria e da Maceira, e numa empresa de Tondela que realiza testes a doentes potencialmente infetados com covid-19.
O movimento, nascido de um grupo de Facebook, congrega já “mais de 300” destas unidades de alojamento cedidas pelos proprietários para albergar profissionais de saúde e outros que estejam envolvidos no combate à pandemia. A iniciativa conta com o apoio da Brisa, Via Verde e Galp, para deslocação das viaturas.
“A disponibilidade continua a crescer. Estamos a responder às solicitações que nos têm sido feitas. Aguardamos apenas que nos façam mais pedidos”, sublinha o coordenador de “ISTAR contra o covid-19”, que pretende criar em parques de campismo atualmente encerrados centros de quarentena para médicos, bombeiros e outros agentes obrigados ao isolamento.
“Enviámos uma proposta para a Associação Nacional de Municípios Portugueses para que se possa albergar essas pessoas fora dos locais de combate, para que não contagiem outros”, explica.
Pedro Castro enaltece a generosidade dos proprietários envolvidos no movimento, tanto empresários e particulares, porque “estão a ceder o que é seu e a confiar algo que é precioso”, sendo que as caravanas envolvidas estão avaliadas em “até 70 mil euros”.
“A vontade de ajudar dos portugueses é algo que se está a mostrar maior do que a evolução do vírus. O povo está a mostrar mesmo sentido de Estado”, conclui.
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