Segundo noticia o The Guardian, a Worksafe, agência responsável pelas normas de segurança laborais, acusou dez empresas e três pessoas de não terem cumprido obrigações de segurança aquando da erupção do vulcão da ilha de White Island, na Nova Zelândia, a 9 de dezembro de 2019.
A Worksafe realizou uma investigação ao motivo que terá levado a que 47 pessoas se encontrassem na ilha de White Island quando se deu a erupção, que vitimou 22 pessoas e provocou vários feridos.
O vulcão tinha mostrado sinais de agitação e, três semanas antes, o alerta tinha sido aumentado para o segundo nível — “agitação vulcânica moderada a elevada" — devido a esse mesmo aumento no registo da atividade.
"Foi um acontecimento inesperado, mas isso não significa que tenha sido imprevisível e há também um dever de os operadores protegerem aqueles que estão ao seu cuidado", disse o diretor da WorkSafe, Phil Parkes, durante uma conferência de imprensa.
"Investigámos se aqueles que tinham algum envolvimento em levar turistas para a ilha estavam a cumprir as suas obrigações ao abrigo da Lei de Saúde e Segurança no Trabalho 2015. Consideramos que estas 13 partes não cumpriram essas obrigações”, acrescentou.
As pessoas 47 que se encontravam na ilha pessoas eram grupos turísticos e respetivos guias. As 22 vítimas eram da Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, China, Grã-Bretanha e Malásia.
Para o diretor, “aqueles que foram à ilha fizeram-no com a expectativa razoável de que existiam sistemas adequados para garantir que o seu regresso a casa fosse seguro”. Parkes referiu ainda que esta “é a maior e mais complexa investigação jamais conduzida pela sua agência”.
A primeira-ministra, Jacinda Ardern, saudou a transparência das agências governamentais, concluindo que deixaria o caso para os tribunais. "Precisamos que este seja um processo independente em que as pessoas possam ter confiança e fé", referiu.
O caso vai a tribunal dia 15 de dezembro.
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