“Só há um caminho. É continuar. Não podemos parar porque senão terminamos o ano sem nada”, disse José Feliciano Costa, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, dirigindo-se aos docentes que marcaram presença no protesto.
No distrito está também marcada para hoje uma concentração em Setúbal.
Na quinta-feira, a reunião entre Ministério da Educação e sindicatos terminou sem acordo e com os professores a ameaçar continuar com greves até aos exames nacionais caso a tutela recuse recuperar todo o tempo de serviço congelado.
José Feliciano Costa apelou à firmeza na luta e "a não ter medo de dizer que a greve às avaliações e aos exames tem de estar em cima da mesa".
Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical disse que as greves distritais têm tido uma grande adesão e que os professores têm a perceção de que a luta não pode parar porque o que está em cima da mesa "é uma recuperação zero".
Destinada aos professores que trabalharam durante os dois períodos de congelamento da carreira (desde 2005), a proposta da tutela prevê que recuperem o tempo em que ficaram a aguardar vaga no 4.º e no 6.º escalões a partir do ano de descongelamento (2018), que fiquem isentos de vagas de acesso aos 5.º e 7.º, além da redução de um ano na duração do escalão para aqueles que também ficaram à espera de vaga, mas já estão acima do 6.º.
A plataforma de nove estruturas sindicais decidiu pedir uma reunião extraordinária que não será “para discutir vírgulas” do documento apresentado pelo ministério, mas sim para pressionar a tutela a chegar a acordo quanto à recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de progressão da carreira que ainda estão por recuperar.
Sem acordo, os sindicatos prometem continuar a lutar e ameaçam com novos protestos, além da greve por distritos que está a decorrer desde segunda-feira e vai terminar a 12 de maio em Lisboa.
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