"Os dois indivíduos estavam livres para fazer deslocamentos sem obstáculos entre a Rússia e a Turquia, pois não havia mandado de prisão contra eles", afirmou a fonte, que pediu anonimato. Os dois indivíduos têm nacionalidade tadjique.

Um deles foi identificado como Shamsidin Fariduni, que entrou na Turquia em 20 de fevereiro e retornou à Rússia a 2 de março a partir do aeroporto de Istambul, após uma estadia num hotel da cidade, no distrito de Fatih, afirmou a mesma fonte.

A fonte destacou que o homem deixou o hotel no dia 27 de fevereiro e que publicou uma mensagem "em oito ocasiões nas redes sociais em 23 de fevereiro, no bairro de Aksaray", no mesmo distrito de Fatih.

O outro suspeito é Saidakram Rajabalizoda: chegou a Istambul a 5 de janeiro, também se hospedou em um hotel de Fatih e deixou o local no dia 21 de janeiro. "Depois regressou a Moscovo a 2 de março, no mesmo voo de Shamsidin Fariduni", acrescentou a fonte.

"Consideramos que os dois indivíduos foram radicalizados na Rússia, levando em consideração a curta estadia na Turquia", insistiu a fonte.

O atentado contra a casa de espetáculos Crocus, na periferia de Moscovo, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), deixou 139 mortos e 182 feridos, segundo o balanço mais recente. Os quatro principais suspeitos foram detidos e podem ser condenados a prisão perpétua.