Os trabalhadores da IP iniciaram uma greve às 00:00 de hoje, reivindicando o aumento dos salários e o cumprimento do acordo de trabalho.
“Até às 09:00 foram realizadas oito circulações no sentido Sul/Norte e quatro no sentido Norte/Sul. Todos os comboios que estavam programados, no âmbito da circulação dos 25% dos horários, realizaram-se”, disse à Lusa cerca das 10:00 fonte da empresa.
A mesma fonte adiantou que das 09:43 às 15:43 de hoje não está prevista a realização de nenhum horário no sentido Norte/Sul e das 08:58 às 14:58 no sentido Sul/Norte.
Na terça-feira, a empresa, que assegura a ligação ferroviária pela Ponte 25 de Abril, tinha anunciado que a circulação dos comboios da Fertagus iria ser afetada pela greve dos trabalhadores da IP, prevendo-se a realização de apenas 25% dos horários, com períodos de interrupção ao longo do dia.
A empresa, que pertence ao Grupo Barraqueiro, assegura o transporte ferroviário entre Setúbal e a estação de Roma-Areeiro, em Lisboa, numa extensão de 54 quilómetros.
Também a CP-Comboios de Portugal está a ser hoje afetada pela greve dos trabalhadores da IP.
Dos 68 comboios da CP que estavam programados até às 06:00 de hoje, circularam 28 referentes aos serviços mínimos decretados, segundo a empresa.
De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa às 07:20, ficaram parados 40 dos 68 comboios programados.
Os trabalhadores da IP reivindicam o aumento dos salários, contratação dos trabalhadores, cumprimento integral do clausulado no acordo coletivo de trabalho (ACT), atualização do valor do subsídio de refeição, integração do abono de irregularidade de horário com conceito de retribuição e a atribuição de concessões de viagem no operador de transportes CP a todos os trabalhadores da IP e participadas.
Em causa está também a abrangência das deslocações e horas de viagem aos trabalhadores, o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo, a atribuição de isenção do horário de trabalho aos colaboradores cujo serviço justifique e a alteração das quotas na classificação de “bom” e “muito bom” para efeitos de promoção na carreira técnica.
Por outro lado, os trabalhadores apontam falta de produtos de limpeza e higiene e pedem melhores condições de segurança nas instalações sociais e locais de trabalho.
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