1. Como os bancos centrais podem ajudar a combater as alterações climáticas

Apesar de se promover políticas climáticas mais sustentáveis no dia-a-dia das pessoas, as emissões de gases de efeito de estufa não reduziram o suficiente, com concentrações de CO2 na atmosfera nos níveis mais altos em cerca de três milhões de anos.

Planeta A

Uma volta ao mundo centrada nos temas que marcam.

Todas as semanas, selecionamos os principais trabalhos associados à rede Covering Climate Now, que o SAPO24 integra desde 2019, e que une centenas de órgãos de comunicação social comprometidos em trazer mais e melhor jornalismo sobre aquele que se configura como um tema determinante não apenas no presente, mas para o futuro de todos nós: as alterações climáticas ou, colocando de outra forma, a emergência climática.

Uma força que costuma passar despercebida, mas que é das forças independentes mais poderosas do mundo, diz Kate Mackenzie para o Bloomberg Green, são os bancos centrais. A cronista afirma que estas instituições podem fazer bastante para ajudar a conter as mudanças climáticas, uma vez que estando teoricamente livres das restrições políticas dos governos, podem tomar medidas que favorecem indústrias verdes e não poluentes ou até tornar mais difícil para os bancos fazerem empréstimos a indústrias poluentes. "Ao tentarem ser neutros acabam por apoiar a insustentabilidade e manter o status quo", afirma.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, já deu a entender que está aberta para tomar medidas mais ativas, mas até agora nada disso aconteceu. 

Para ler na íntegra em Bloomberg Green

Incêndio na Califórnia, 12 de agosto de 2020
créditos: EPA/ETIENNE LAURENT

2. Um país, dois climas extremos 

Ao longo do último fim de semana, a costa oeste dos Estados Unidos sofreu uma onda de calor sem precedentes. Partes do sul da Califórnia atingiram temperaturas nunca antes registadas na história do estado, chegando aos 50ºC. Com temperaturas altas, ar seco e ventos violentos, os incêndios florestais continuam a aumentar. Quase 15 mil bombeiros estão nas frentes ativas, e foi declarado estado de emergência em cinco condados da Califórnia.

Ao mesmo tempo, alguns locais a este das Rocky Mountains registaram temperaturas de -6ºC, poucos dias depois de terem chegado aos 38ºC. O estado de Denver, inclusive, teve 5 a 15 centímetros de neve.

Para ver e ler na íntegra em CBS News e PBS

Cheias Sudão
créditos: Al Jazeera

3. Sudão declara estado de emergência de 3 meses devido a inundações mortais

No Sudão foi declarado estado de emergência depois de as inundações do rio Nilo terem matado mais de 100 pessoas no país africano e desalojarem mais de meio milhão em Cartum e outros locais ao longo do rio. 

Apesar de não ser a primeira vez que o rio galga as margens, relatos dizem que são as piores inundações que já viram. As taxas de cheias e chuvas neste ano ultrapassaram os recordes estabelecidos durante os anos de 1946 e 1988, com expectativas de aumento contínuo dos indicadores. Um dos fatores chave nestas enchentes foi o aumento significativo das chuvas, causado pelas mudanças climáticas. 

Para ler na íntegra em Al Jazeera 

Governo espera decisão final de investimento no gás natural em 2017

4. Análise mostra que os media não questionam sobre que é que os gigantes do petróleo estão a fazer para impedir a mudança climática

Sean Holman, num artigo de análise para o The Tyee, chegou à conclusão de que quando temas sobre a indústria dos combustíveis fósseis são cobertos pelos media quase nunca é mencionado qual o contributo dos gigantes do petróleo para o combate às mudanças climáticas, numa indústria que está em declínio.

Ao analisar quantos jornais canadianos cobriram os chamados “Big Five” - as cinco grandes empresas de petróleo do país - durante um período de dois meses no início de 2020, havia apenas 15 artigos que os mencionava diretamente em relação à futura exigência de petróleo. "O resultado é um fracasso jornalístico que contribui para uma crise climática ao em vez de a avaliar com sobriedade", afirma o jornalista.

Para ler na íntegra em The Tyee

Festival Politica 2020
créditos: Festival Política

Por cá: Festival Política lança bolsa para artistas, criadores e ativistas do distrito de Braga

Depois da edição de Lisboa, no mês de agosto, que levou ao Cinema São Jorge 1500 participantes, o Festival Política passa agora para Braga. Nos dias 15 a 17 de outubro, o Centro da Juventude de Braga vai receber uma programação que tem como foco principal as questões do Ambiente composta por filmes, debates, performances e outras formas de expressão artística que pretendem alertar os cidadãos para os desafios que representam as alterações climáticas, bem como para a necessidade de mudar comportamentos em prol de uma vida e mundo mais sustentáveis.

A organização do Festival Política vai atribuir bolsas de criação destinadas a artistas, criadores ou ativistas do distrito de Braga. Trata-se de uma iniciativa da associação Isonomia, responsável pelo conceito do festival, com o apoio do Instituto Português do Desporto e Juventude, IP. 

Estas bolsas, com o valor de 500 euros, têm como objetivo fomentar e apoiar a criação artística e a promoção de jovens talentos até 30 anos residentes no distrito de Braga. Abrangem as áreas da literatura, música, artes performativas, artes plásticas ou de formação (workshop). A data limite do envio de propostas é 25 de setembro e pode consultar mais informações aqui.

Seleção e edição por Larissa Silva