“Dada a situação epidemiológica em Portugal relativamente à doença causada pelo vírus da doença hemorrágica epizoótica (DHE), sorotipo oito, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária autorizou provisoriamente a utilização da vacina Hepizovac, suspensão injetável para bovinos”, indicou, em comunicado.

Assim, a DGAV deu “luz verde” à colocação no mercado português de alguns lotes da vacina com rotulagem em espanhol, mas ressalvou que o respetivo folheto informativo, em português, está disponível no portal MedVet.

Esta autorização tem a validade de um ano, que é contada a partir da primeira disponibilização do medicamento no mercado nacional, o que ainda não aconteceu.

A vacinação dos bovinos é voluntária e, segundo a DGAV, pode ser aplicada nas zonas afetadas.

Para que tal aconteça, o médico veterinário assistente terá de preencher um requerimento para a autorização da vacina e enviá-lo para a divisão de epidemiologia e saúde animal da DGAV.

Entre os requisitos está ainda a obrigação de a vacinação ser averbada pelo veterinário no passaporte animal e de todas as ações de vacinação serem registadas na base de dados PISA.net, no máximo três dias após a execução das mesmas.

O plano de vigilância da DHE foi implementado em 2023. Este prevê a notificação e investigação de suspeitas clínicas, bem como a vigilância serológica em animais sentinela.

Em parte do território continental, foi ainda implementada a monitorização da atividade de culicoides (mosquitos).

Segundo dados da DGAV, este ano já foram identificados dois focos da doença — um em Beja e outro em Santarém, ambos sem sintomatologia.

Em julho, foram detetados dois novos casos “com sintomatologia e conformação laboratorial” no concelho de Vinhais, Bragança.

A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.