De acordo com a data hoje publicada na página oficial da Romaria d'Agonia no Facebook, a edição do próximo ano terá os mesmos cinco dias de 2019.
Na edição 2019, segundo estimativas avançadas na altura à Lusa pela VianaFestas, entidade que organiza a festa, terão passado pela cidade "mais de 1,2 milhões de pessoas".
O desfile da mordomia, com todos os trajes de festa de Viana do Castelo, é um dos números emblemáticos da romaria datada da primeira década do século XX.
Trata-se do momento em que os diferentes trajes das freguesias de Viana se encontram e mostram, de uma só vez, à cidade.
Uma tradição cada vez mais enraizada entre as jovens e mulheres de Viana do Castelo e que junta várias gerações, num quadro único das festas.
Desde 2014, também as mulheres da ribeira de Viana do Castelo, com os seus trajes de varina, participam neste desfile colorido pelos vermelhos, verdes e amarelos dos típicos e garridos trajes das diferentes freguesias.
A certificação do traje à Vianesa, com origem no século XIX, foi publicada em Diário da República no final de 2016.
O traje assume-se como um símbolo tradicional da região, nas suas várias formas, consoante a ocasião e o estatuto da mulher. Em linho e com várias cores características, onde sobressai o vermelho e o preto, foi utilizado até há cerca de 120 anos pelas raparigas das aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo.
As características deste traje, como o seu colorido e a profusão de elementos decorativos, permitem identificar facilmente a região de origem, no concelho, motivo pelo qual se transformou, segundo os especialistas, "num símbolo da identidade local".
Não faltam também os fatos de noiva mais sóbrios, de cor preta.
Neste número algumas das mulheres chegam a carregar, dezenas de quilos de ouro, reunindo as peças de famílias e amigos num único peito, simbolizando a "chieira" (termo minhoto que significa orgulho) e outrora o poder financeiro das famílias.
Em 2020, completam-se 52 anos da realização da procissão ao mar e ao rio, em honra de Nossa Senhora d' Agonia, outro dos pontos altos do programa. Aquela celebração ocorre a 20 agosto feriado municipal. São milhares de pessoas concentradas, nas margens do rio Lima, para ver e saudar a procissão, envolvendo mais de uma centena de embarcações de pesca e de recreio.
Além da Senhora da Agonia, são ainda transportadas ao mar e ao rio as imagens da Senhora de Monserrate, de São Pedro, da Senhora dos Mares e o de São Bartolomeu dos Mártires que, desde 2015, passou a integrar a procissão.
No regresso a terra, os pescadores transportam os andores de novo à igreja de Nossa Senhora d'Agonia, situada no Campo da Agonia, passando pelas ruas da ribeira onde, durante a madrugada, foram confecionados, manualmente, os típicos tapetes de sal.
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