Numa declaração sem direito a perguntas, a primeira desde o encerramento das assembleias eleitorais, o secretário-geral do PP limitou-se a anunciar que o seu partido vai aguardar a abertura das urnas para que se mostre "a verdadeira voz dos cidadãos" e sublinhou que as primeiras projeções refletem "uma fragmentação" e "possível ingovernabilidade".
Uma sondagem divulgada pela televisão pública espanhola indica que o PSOE (socialista), com 28,1%, é o mais votado nas eleições gerais de hoje em Espanha, com o Vox (extrema-direita) a entrar pela primeira vez no parlamento com 12,1%.
A projeção da TVE avança que o PSOE tem 28,1% seguido pelo PP (Partido Popular, direita) com 17,8%, Cidadãos (direita liberal) com 14,4%, Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 16,1% e Vox com 12,1%.
Teodoro García Egea escusou-se a fazer uma avaliação das eleições até ao resultado do escrutínio, preferindo sublinhar a elevada participação nas eleições, que classificou de "bom".
Os doze mil eleitores contactados na projeção da TVE deram aos socialistas a possibilidade de ter entre 116 e 121 lugares no Congresso de Deputados (parlamento) longe da maioria absoluta de 175 mais um parlamentar num total de 350.
Tanto o bloco de partido de esquerda (PSOE e Unidas Podemos) como o de direita (PP, Cidadãos e Vox) ficam aquém da desejada maioria de 176 deputados.
Os socialistas deverão assim, mais uma vez, ficar dependentes de partidos regionais mais pequenos, como os nacionalistas bascos e os independentistas catalães para formar Governo.
Estes últimos apoiaram no parlamento o primeiro-ministro Pedro Sánchez a chegar ao poder em junho de 2018, mas também foram responsáveis pela sua queda passados 10 meses.
Se os resultados desta sondagem se confirmarem, significa que o PP, que até há poucos anos alternava com o PSOE na condução dos executivos espanhóis, tem a sua votação mais baixa de sempre.
Nas últimas eleições gerais, realizadas em junho de 2016, o PP obteve 33,0% dos votos (137 deputados), o PSOE 22,7% (85), o Unidos Podemos 21,1% (71), o Cidadãos 13,1% (32), havendo ainda uma série de pequenos partidos regionais com menor representação (25).
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