O anúncio foi feito hoje pela empresa municipal em comunicado.
“A EMEL e o SITESE acordaram, no passado dia 03 de maio, a revisão do Acordo de Empresa, com a EMEL a fazer um esforço para ir ao encontro das pretensões dos trabalhadores”, lê-se na nota.
Contactado pela agência Lusa na sequência do anúncio do acordo da EMEL com o SITEVE, Orlando Gonçalves, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), disse que a paralisação agendada para sexta-feira se mantém, uma vez que a estrutura sindical não chegou a qualquer acordo com a empresa.
Entre o acordado entre a EMEL e o SITESE está a “atualização de todos os níveis salariais constantes da tabela salarial em 25 euros, que representa um aumento médio de 2,48%”, segundo refere a empresa.
“Foi também acordada ainda a subida do subsídio de turno em 5% para os trabalhadores que regularmente pratiquem o turno da madrugada”, é acrescentado.
Citado no comunicado, o presidente da EMEL, Luís Natal Marques, refere que, “consciente das dificuldades” que todos atravessam “neste momento económico difícil, a EMEL fez um esforço no sentido de ir ao encontro das pretensões do sindicato”.
“Congratulamo-nos com o resultado das negociações e com a aproximação de posições”, salienta.
A empresa municipal indica ainda no comunicado que sofreu “perdas significativas” nos últimos dois anos devido à pandemia [de covid-19] e que está agora a fazer um “esforço de recuperação económica com vista à melhoria da sua atividade em prol da mobilidade dos munícipes lisboetas, contando com os seus trabalhadores, aos quais nunca faltou, mesmo durante a pandemia”.
Em declarações à Lusa, Orlando Gonçalves, do SITEVE salientou que “há uma grande insatisfação e indignação por parte dos trabalhadores”, pelo que a greve “se mantém”, prevendo-se “uma grande adesão” na sexta-feira.
“Da nossa parte, das reuniões e plenários que têm sido feitos, os trabalhadores não aceitaram as propostas feitas pela EMEL, por considerarem que são insuficientes”, disse ainda.
Segundo o CESP, a proposta inicial da administração da EMEL foi de um aumento salarial de 15 euros, subindo depois para 20 euros, ainda assim um valor considerado “insuficiente” pelos trabalhadores, que defendem um acréscimo de 90 euros.
Além de aumentos salariais, os trabalhadores da EMEL reivindicam também a atribuição de diuturnidades, o aumento do subsídio de penosidade e de turnos no transporte de valores.
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