“A reunião de hoje tem como principal consequência uma posição firme quanto à continuação das nossas negociações. O Ministério da Saúde tem mandado contrapropostas sem sequer discutir a nossa proposta. E nós hoje rejeitámos uma proposta que nos mandou, que se afasta substancialmente da proposta da Federação, e, como tal, dissemos não. Na próxima reunião queremos negociar a nossa proposta e se tiverem contrapropostas a apresentar é depois de lerem aquilo que está escrito, o que eles conhecem muito bem aliás”, disse à Lusa José Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE).
Esta é uma das estruturas sindicais que integra a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), que hoje esteve reunida com o Governo para dar continuidade às negociações sobre condições laborais, nomeadamente o novo acordo coletivo de trabalho que os sindicatos querem implementar para recompor a carreira de enfermagem.
José Azevedo disse que hoje os sindicatos se recusaram a discutir “fragmentos de contraproposta” da tutela, criticando ainda o afastamento do documento face aos objetivos negociais acordados num protocolo entre as partes.
“Estar a enxertar bocadinho aqui, bocadinho além, não atinge o objetivo essencial que é o de negociar o acordo coletivo de trabalho que nós propusemos”, disse, defendendo que “é a proposta inicial que tem que ser colocada em cima da mesa” e analisado enquanto um todo.
A reunião decorreu hoje em Lisboa e juntou à mesa das negociações a FENSE – que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE); o Sindicato dos Enfermeiros (SE); o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR); e a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) - com a Comissão Negocial, composta por representantes dos ministérios das Finanças e da Saúde e das entidades públicas empregadoras.
O calendário das negociações previa um prazo de seis meses, que termina a 13 de setembro, e um período de 60 dias de tolerância, que pode ainda ser prolongado.
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