Ouça aqui o terceiro episódio da série "O que se ouve quando o país pára":
A pandemia pode levar uma família a deslocar-se centenas de quilómetros, mudar de um apartamento fechado num grande centro urbano para a liberdade e o ar livre de uma quinta, mas há histórias que parece que estão destinadas a ir na bagagem para onde quer que se viaje.
Onde houver crianças aos saltos, haverá sempre aventuras e desventuras. E se no campo alguns riscos ficam minimizados, a Francisca mostrou-nos que há imprevistos de que não é possível fugir.
“Uma das coisas que nós dissemos aos miúdos quando chegámos foi que não queríamos ir aos hospitais e que tínhamos de ter cuidado para não haver acidentes”.
“O Vasco, que é assim o mais destemido e mais aventureiro, logo no segundo dia em que chegámos partiu a cabeça a fazer ginástica. Não era uma coisa muito grave, mas era um golpezinho. Tratou-se em casa”.
“Passado uns tempos”, continuou, “o Vasco - também - caiu de bicicleta e partiu a cabeça. Aí, sim, era um golpe mais fundo, mas também não foi ao hospital e também tratámos em casa”.
Mas não ficou por aqui: “O Guilherme também já partiu um dedo do pé”. “Dessa vez tivemos de ir ao hospital para fazer um raio-x e ver o que era”, explicou a Francisca, dizendo que acabou por ficar tudo bem e que, com estes acidentes, os filhos tinham até aprendido a estar mais atentos ao corpo e à forma como ele se cura e regenera.
No próximo episódio viajamos até ao sul, com o som de fundo do mar e vozes que trazem expressões como "arrume-se aqui ao pé deste" e "raspe-se daqui para fora".
“O que se ouve quando o país pára” é uma coleção de histórias e de sons que nos mostram como a vida das pessoas e dos lugares foi afetada quando Portugal parou por causa da covid-19.
Pode acompanhar esta série no nosso site, Facebook, Instagram e Twitter. Ou ouvir em formato podcast no Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts ou noutras plataformas de podcasts.
Também disponível em:
Comentários