Os investigadores concluíram que a época de maior concentração de pólen dura atualmente mais 20 dias e tem 21% mais pólen do que em relação a 1990.
Liderados por William Anderegg, da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Utah, os investigadores descobriram que as alterações climáticas causadas pela atividade humana desempenharam um papel significativo no prolongamento da ‘estação do pólen’ e que também têm um efeito no aumento da quantidade de pólen.
“A forte ligação entre o tempo mais quente e as estações do pólen fornece um exemplo cristalino de como as alterações climáticas já estão a afetar a saúde das pessoas em todos os Estados Unidos”, disse William Anderegg a propósito da investigação, hoje publicada na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of América”, a publicação oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
A equipa compilou dados medidos entre 1990 e 2018, a partir de 60 estações de medição do pólen nos Estados Unidos e no Canadá. E através desses números concluiu que houve um aumento da quantidade de pólen e que este começa a ser produzido 20 dias mais cedo do que em 1990, o que indica que o aquecimento global está a alterar o calendário interno das plantas (fenologia).
E ao dividir os anos do estudo em dois períodos, 1990-2003 e 2003-2018, os investigadores descobriram também que a contribuição das alterações climáticas para o aumento da quantidade de pólen esta a acelerar.
As alergias ao pólen transportado pelo ar podem provocar desde um simples incómodo a infeções nas vias respiratórias.
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