O porta-voz do PDeCAT, Carles Campuzano, confirmou no Congresso espanhol (parlamento) que os oito deputados daquela força partidária vão votar a favor da moção de censura promovida pelo Partido Socialista espanhol (PSOE), liderado por Pedro Sánchez.
Na intervenção no parlamento, Carles Campuzano pediu ao líder socialista para ter iniciativa e repensar “os climas sociais e políticos” verificados em Espanha.
Momentos depois, foi a vez do porta-voz dos nacionalistas bascos (PNV), Aitor Esteban, confirmar no parlamento o voto favorável dos cinco deputados daquele partido.
O apoio do PNV à moção de censura já tinha sido avançado ao início da tarde por fontes do Partido Popular espanhol (força liderada por Mariano Rajoy), que foi informado antecipadamente, segundo a agência espanhola EFE, pelos nacionalistas bascos.
Pedro Sánchez agradeceu, entretanto, o apoio do grupo parlamentar do PNV e assumiu o compromisso de ser “um parceiro preferencial para eventuais mudanças legislativas”.
O líder socialista pediu ainda aos nacionalistas bascos “compreensão", "empatia" e "predisposição" para que esta nova relação política "abra um novo tempo para a Espanha e para o Euskadi [País Basco, na língua local]”.
Com o apoio destes dois partidos nacionalistas, a moção de censura contra o governo de Mariano Rajoy deverá passar, salvo eventuais surpresas, na votação parlamentar agendada para sexta-feira, o que irá significar a queda do executivo espanhol e a convocação, a breve prazo, de eleições.
O parlamento espanhol começou hoje a debater a moção de censura apresentada pelos socialistas espanhóis, que são a principal força política da oposição e que propõem que o seu líder, Pedro Sánchez, substitua Rajoy na chefia do executivo.
No entanto, os socialistas têm apenas 84 deputados, um número que fica longe dos 176 necessários (maioria absoluta) para aprovar a moção.
Com os apoios expressos, Pedro Sánchez terá conseguido 180 votos favoráveis, de acordo com as contas feitas pela imprensa espanhola, e a moção de censura deverá passar.
Os socialistas e o seu líder insistem que, depois de ter sido conhecida a sentença do “caso Gurtel”, há uma semana, com vários antigos membros do PP (Partido Popular, direita) condenados por corrupção, o atual executivo minoritário perdeu a confiança dos cidadãos e a credibilidade internacional necessária para continuar em funções.
[Notícia atualizada às 17h35]
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