O Ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, explicou hoje que o primeiro grupo, o único que está definido e abrange cerca de 2,5 milhões de pessoas, inclui os residentes e o pessoal de saúde dos lares e centros com pessoas dependentes, que serão os primeiros a serem vacinados quando chegarem as primeiras doses da vacina, a partir de janeiro de 2021.
O responsável governamental salientou que os 15 grandes grupos definidos por uma equipa técnica inclui, para além dos já mencionados, as pessoas em condições de risco elevado e também de médio ou baixo risco; pessoas que vivem ou trabalham em comunidades ou ambientes fechados; populações vulneráveis devido à sua situação económica; pessoas que trabalham em atividades essenciais; toda a população docente e toda a população infantil; adolescentes e jovens com mais de 16 anos de idade.
Estão incluídos no conjunto de população adulta, a que habita em áreas suscetíveis de a doença reincidir ou de haver possíveis surtos, mulheres grávidas e mães que amamentam, e a população seropositiva à SARS-CoV-2.
Os grupos da primeira fase serão vacinados entre janeiro e princípios de março, os da segunda (que ainda não está totalmente identificado) serão imunizados entre março e princípios de junho, e na terceira fase estão os grupos que serão imunizados durante os meses de verão.
O ministro da Saúde disse que esta classificação “abrange toda a população espanhola” e que será nas fases dois e três, quando os técnicos sanitários já tiverem dados sobre a disponibilidade de vacinas, que será estabelecido quais serão os outros grupos prioritários.
Salvador Illa explicou que esta estratégia será atualizada, mas sempre com “o objetivo” de reduzir a mortalidade de uma forma “eficaz”, proteger os mais vulneráveis e evitar as hospitalizações.
O ministro considerou que a estratégia definida pelos técnicos tem os instrumentos necessários para vacinar a população de uma “forma eficaz e eficiente, com critérios de equidade e a flexibilidade necessária para se adaptar às diferentes fases”.
Salvador Illa também reiterou que as vacinas que receberem a autorização da Agência Europeia de Medicamentos irão gozar de “total segurança e se não tiverem garantias suficientes, não serão autorizadas a ser administradas”.
De acordo com os contratos já assinados, Espanha irá adquirir 140 milhões de doses, tendo o responsável governamental assegurado que “haverá vacinas para fornecer a todos os cidadãos e para cumprir as funções de solidariedade” com outros países.
O Ministro da Saúde reiterou que a vacina em Espanha será voluntária e, por enquanto, não considerou como sendo necessário a vacinação de pessoas que se dedicam a atividades específicas.
Questionada sobre a possibilidade de encerrar as estâncias de esqui durante a estação que começa agora, Salvador Illa mostrou-se favorável à harmonização das decisões tomadas pelas várias comunidades autónomas espanholas, que têm autonomia no setor da saúde, e também com a França e Andorra.
O ministro salientou que o importante neste caso não é o desporto em si, mas sim toda a atividade social que o rodeia.
O número de contágios em Espanha está a decrescer, mas o país foi até agora um dos mais atingidos pela pandemia de covid-19, que já provocou mais de 1,4 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 4.209 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (57.031 mortos, mais de 1,5 milhões de casos), seguindo-se Itália (52.850 mortos, mais de 1,5 milhões de casos), França (50.957 mortos, quase 2,2 milhões de casos) e Espanha (44.374 mortos, mais de 1,6 milhões de casos).
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