As histórias e os gestos dos marnoteiros - trabalhadores das salinas - são apresentados através da dança e do teatro, num espetáculo que conta com oito membros de associações locais de teatro amador, entre as quais duas estão relacionadas com o trabalho do sal.
A iniciativa "saal" vai ser apresentada na associação local Sport Clube de Lavos - com transporte disponibilizado pela Câmara da Figueira da Foz - e é dirigida pela coreógrafa Filipa Francisco, em conjunto com a bailarina Susana Gaspar e com o músico Ricardo Freitas.
A atuação musical que integra o espetáculo conta com testemunhos que são "quase como se fosse uma rádio local", como refere Filipa Francisco. Vai ser possível ouvir a voz de quem trabalha com o sal, desde as histórias de homens e de mulheres até aos perigos inerentes, e observar os gestos característicos do ofício.
"Queria que não fôssemos apenas observadores, mas que o corpo se apercebesse do que é o sal e dos gestos desse trabalho. Foi um trabalho de pormenor, de muito amor e de muita paciência", sublinha Filipa Francisco, contando que "saal" explora a mistura das disciplinas do teatro e da dança, onde se fala do que é trabalhar nas salinas, da sua importância e do perigo de determinadas profissões desaparecerem.
Este espetáculo - inserido no âmbito do projeto Rede Artéria, iniciativa que promove espetáculos por oito concelhos da região Centro - está a ser preparado há vários meses e conta com a participação de Ana Ribeiro, António Vaz, Elias, Gilda, Lurdes Cavaleiro, Manuel Loureiro, Maria José e Vítor Costa.
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