"Na Galiza são três escolas, Castela e Leão outras três escolas, Extremadura duas escolas e mais duas na Andaluzia. Como cada escola tem cerca de 500 alunos, o programa, no total, abrange mais de 3000 alunos", afirmou Mariano Jabonero, adiantando que os acordos estão já a ser fechados com as comunidades autónomas espanholas.

A experiência piloto arranca no próximo ano letivo (2020-2021) nas 10 escolas espanholas, exatamente nos mesmos moldes em que já está a ser executado entre o Brasil e escolas de outros países da América Latina, explicou o responsável da OIE, em declarações à Lusa, à margem da Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola, que decorre hoje e sexta-feira na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

Para Mariano Jabonero, o programa de escolas bilingues "não é só um projeto de bilinguismo, é um projeto de tipo educativo, que inclui bilinguismo, atividades culturais, intercâmbios, mobilidade e outros fatores", acrescentou.

Tratam-se de projetos bilaterais, com o acordo dos Estados, que "da parte da Organização de Estados Ibero-americanos têm os projetos curriculares e o apoio” e, em alguns casos, “com recursos financeiros e económicos, porque falta ‘aport’ económico para melhorar tudo isto", frisou.

O secretário-geral da OIE referiu que o projeto piloto de escolas bilingues para a Península Ibérica teve o pontapé de saída numa cimeira em Valadolid.

"Surgiu na cimeira de Valadolid, em abril, onde se acordou este programa geral, e na sequência desse acordo os governos de Portugal e de Espanha deram permissão à OIE, para que se executasse o programa", explicou.

Assim, Mariano Jabonero revelou que estão a ser fechados “acordos com as comunidades autónomas limítrofes com Portugal, ou seja, com Galiza, Castela e Leão, Extremadura e Andaluzia" para que o português seja língua curricular em algumas escolas.

“Queremos trabalhar com um curriculum formal e um curriculum informal, tanto na Península Ibérica como a partir do Brasil para outros estados" da América Latina, tal como já aconteceu entre o Brasil, Argentina, Colômbia e está a expandir-se para todos os Estados da América Latina, com exceção da Venezuela, por razões da crise política no país, sublinhou.

O projeto para as escolas das comunidades da Península Ibérica envolve uma verba de cerca de um milhão de euros, adiantou ainda o responsável.

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