A Brigada Estudantil escreve em comunicado que se pretende com a manifestação “Geração à Rasca 2.0″ “exigir o fim das propinas e das desigualdades sociais no ensino superior, que se agravaram com a pandemia da covid-19″.
“As nossas instituições de ensino superior mostraram, mais uma vez que estão apenas preocupadas com o lucro e continuaram a cobrar propinas, taxas e emolumentos, enquanto assistimos à deterioração das condições de vida das nossas famílias”, é sublinhado.
Para a Brigada Estudantil, da promessa de que as propinas ajudariam a melhorar a qualidade do ensino, ficou apenas “mais um instrumento de triagem social dos estudantes”.
“Enquadrada numa visão economicista e tecnocrática do ensino superior, a lei das propinas veio igualmente desresponsabilizar o Estado do cumprimento das suas funções constitucionais, condenando o sistema de ensino à asfixia financeira e à privatização, na sequência de décadas de desinvestimento e subfinanciamento”, destacam.
No entendimento da Brigada Estudantil, ao “invés de se afirmar como um espaço de inclusão, formação e desenvolvimento intelectual e cultural, a Universidade tem-se vindo a tornar num espaço cada vez mais restrito, inacessível e elitista. Assim, a missão emancipadora da Educação torna-se impossível de atingir”, destacam na nota.
Para a Brigada Estudantil, a falta de comunicação, os problemas de alojamento, as assimetrias no acesso a materiais que viabilizassem o acesso às aulas online só veio demonstrar a necessidade das faculdades em conquistar a igualdade social.
“Se o ensino superior não é para todos, não é justo para ninguém. É com esta premissa e com a convicção de que o direito à educação tem de ser alargado a todas as pessoas que continuaremos nas ruas até à eliminação das propinas”, sublinham.
No comunicado, a Brigada Estudantil adianta que a manifestação “Geração à Rasca 2.0″ começa no Largo de Camões, em Lisboa, às 16:00, estando previstas também vigílias na Praça da República, em Coimbra, e na Praça dos Leões, frente à reitoria da Universidade do Porto.
Comentários