O documento do Departamento de Segurança Interna dos EUA, alerta que a prática, conhecido por “doxxing”, pode levar a ataques de “oportunistas violentos ou extremistas violentos domésticos” ou impedir que as autoridades cumpram as suas obrigações.

Vários polícias com posições de chefia em várias cidades, incluindo Washington, Atlanta, Boston e Nova Iorque, tiveram informações pessoais partilhadas nas redes sociais, incluindo moradas pessoais, endereços de email e números de telefone, refere o relatório.

“Pelo menos um dos comissários de polícia foi alvejado devido ao seu suposto apoio ao uso de gás lacrimogéneo para dispersar protestos”, acrescenta.

Agentes de polícia têm-se queixado por se sentirem encurralados entre os esforços para travar os protestos violentos e o abandono dos políticos perante a pressão da opinião pública para avançar com uma reforma policial, e alguns disseram correr risco de vida.

“Parem de nos tratar como animais e bandidos e comecem a tratar-nos com algum respeito! Nós fomos difamados. É nojento”, disse Mike O’Meara, representante do sindicato da polícia do Estado de Nova York, após ter sido revogada uma lei conhecida como Secção 50-a que mantém em segredo os registos policiais.

As forças de polícia norte-americanas tem sido alvo de críticas não só pela morte do afro-americano George Floyd durante uma operação de detenção, mas também devido ao uso da força para reprimir os protestos antirracismo decorrentes, nomeadamente o recurso a gás lacrimogéneo a balas de borracha.

Floyd, cujo funeral foi realizado na terça-feira, gritou que não conseguia respirar quando um polícia branco em Minneapolis pressionou no pescoço do homem com o joelho.

As mesmas palavras foram usadas por Eric Garner em 2014 quando estava a ser controlado pela polícia, tendo morrido como consequência.

A morte de Floyd, capturada em vídeo, provocou manifestações em várias partes dos EUA e no estrangeiro e o reacendeu o debate sobre o excesso de força policial e o racismo dentro nas forças de segurança.

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