Os Estados Unidos da América (EUA) tinham retirado os Houthis da sua lista de “organizações terroristas” em fevereiro de 2021.
“Apesar dos nossos repetidos apelos e da diplomacia ativa, os ataques não pararam”, lamentou um outro responsável norte-americano, para quem os ataques dos Houthi no Mar Vermelho são um exemplo claro de “terrorismo e violação do direito internacional e uma grande ameaça ao comércio mundial”.
O anúncio ocorre no momento em que os militares dos EUA realizam ataques no Iémen, visando instalações de lançamento de mísseis dos Houthis que representam uma ameaça a navios mercantes e militares.
Na terça-feira, os EUA realizaram uma terceira operação contra os Houthis no espaço de uma semana. Na semana passada, os ataques dos EUA e do Reino Unido atingiram quase 30 locais no Iémen.
Em dezembro, os EUA tinham criado uma força naval multinacional para proteger o transporte marítimo no Mar Vermelho, uma rota de trânsito importante que representa até 12% do comércio global.
“Não estamos à procura de conflitos regionais, longe disso”, explicou o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, na terça-feira, no Fórum Económico Mundial, em Davos.
Ao optar pela qualificação de entidade “especialmente designada como terrorista a nível global”, em vez de outra qualificação como “organização terrorista estrangeira” - uma sanção mais ampla e genérica - os Estados Unidos pretendem manter o fluxo de ajuda humanitária para o Iémen.
“Tentamos sempre garantir que o impacto das nossas sanções seja o desejado (…), minimizando as consequências não intencionais”, explicou uma fonte diplomática dos EUA.
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