"Um dos momentos que se antevê de grande importância para a configuração do futuro serão as próximas eleições europeias. As ameaças extremistas teimam em pronunciar-se, e a composição do novo Parlamento poderá colocar em crise a histórica preponderância das forças moderadas, socialistas e democratas europeias", assinalou Serrão Santos, em intervenção no XVII congresso do PS/Açores.
Para o eurodeputado, na atual configuração política europeia "vêem-se concessões inadmissíveis como as que o PPE, grupo parlamentar a que pertencem PSD e CDS/PP no parlamento europeu, tem feito ao partido de Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, ao acolher no seu seio representantes de um partido político que prossegue uma prática e um discurso de compressão da liberdade de imprensa, de desvirtuamento da liberdade na educação, da prática da xenofobia".
Ricardo Serrão Santos disse que se tem empenhado no Parlamento Europeu "numa agenda de interesse regional", de defesa de setores como a agricultura, as pescas, a política marítima e o ambiente, a investigação científica no contexto da coesão e do desenvolvimento sustentável.
"Na defesa desta agenda regional, há que reconhecer que os impactos no ambiente, na agricultura, nas pescas não se conformam com fronteiras políticas e que as respostas, para serem eficazes, devem ser conduzidas por preocupações e soluções partilhadas. Muitos dos impactos estão relacionados com processos globais, quer sejam comerciais, ambientais ou até políticos", disse.
Segundo o presidente da comissão organizadora do XVII Congresso Regional do PS/Açores, Sérgio Ávila, a reunião, que decorre na Praia da Vitória, na ilha Terceira, conta com a participação de 345 delegados socialistas das nove ilhas, 243 eleitos e 102 inerentes.
A moção de orientação global subscrita por Vasco Cordeiro será votada no sábado, seguindo-se a apresentação das moções setoriais, e no domingo serão eleitos os órgãos regionais do PS/Açores.
Vasco Cordeiro, que é presidente do Governo Regional dos Açores desde 2012, foi reeleito para um terceiro mandato como presidente do PS/Açores em junho, com 97,89% de votos a favor.
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