“Tenho orgulho de ir para a prisão hoje (…) se isso for necessário para enfrentar Joe Biden”, disse este ideólogo populista, figura influente no movimento ultraconservador, antes de entrar na prisão de Danbury, no estado do Connecticut, descrevendo-se como “um preso político”.
Steve Bannon, de 70 anos, deve agora cumprir quatro meses atrás das grades, depois de a suspensão da sua pena, resultado de um dos seus recursos, ter sido rejeitada por um juiz.
Bannon foi recebido perto do edifício da prisão por uma pequena multidão de apoiantes com bandeiras “Trump 2024” e por uma das mais fervorosas defensoras de Trump no Congresso, Marjorie Taylor Greene.
Antes de chegar à prisão de Danbury, Bannon aproveitou um dos episódios no seu programa televisivo para saudar os resultados da primeira volta das eleições legislativas antecipadas em França, marcadas pela vitória da União Nacional, de extrema-direita.
Steve Bannon foi condenado em outubro de 2022 a quatro meses de prisão por obstrução dos poderes de investigação do Congresso devido à sua recusa em cooperar com a investigação parlamentar sobre o ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, sentença confirmada em recurso em 10 de maio deste ano.
Na véspera de 06 de janeiro de 2021, Steve Bannon previu que fortes tumultos nas ruas das cidades norte-americanas e – no dia em que centenas de apoiantes de Donald Trump invadiram a sede do Congresso norte-americano, numa tentativa de impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições de novembro de 2020 – falou telefonicamente com o presidente cessante.
A sua entrada na prisão ocorre no dia em que o Supremo Tribunal dos EUA, de maioria conservadora, adiou ainda mais um julgamento federal de Donald Trump devido às suas alegadas tentativas de anular ilegalmente os resultados das eleições de 2020.
Um outro ex-assessor de Donald Trump na Casa Branca, Peter Navarro, já cumpre pena de quatro meses por se recusar a responder a uma intimação do Congresso na investigação do assalto ao Capitólio.
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