Numa atualização hoje publicada, as Forças de Defesa de Israel (FDI) identificaram mais nove ‘alvos’ do Hamas que terão sido mortos no ataque: Majdi Salem, Ayman Tangi, ?Basel Naafa, ?Ahmad Gamal Obaid, ?Issam Kouzakh, ?Mahmoud Harwish, ?Tair Majdi Hussein Al-Lwisi, ?Anwar Muhammad Mousa Masimi e ?Ma’moun Anabtawi.

Naquele que já é considerado o ataque israelita mais mortífero na Cisjordânia desde a Segunda Intifada (2000-2005), e já condenado pelas Nações Unidas, é também incluído na lista das vítimas um operacional da ‘Jihad’ Islâmica identificado como Rakan Bilal.

O Hamas e a ‘Jihad’ Islâmica são grupos armados palestinianos responsáveis pelos ataques de 07 de outubro em solo israelita, nos quais morreram 1.200 pessoas.

Entre os mortos, segundo as FDI, estará Ghaith Radwan, a quem Israel atribui uma posição importante na ‘Jihad’ Islâmica. No entanto, a imprensa palestiniana sugere que Radwan é membro das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, o braço armado dissidente do principal partido da Autoridade Palestiniana, a Fatah.

O exército indicou que o principal alvo da operação era um comandante do Hamas, Zahi Yasser Abdelrazaq Ufi, que, segundo os serviços secretos israelitas, estava a preparar um ataque terrorista para assinalar o aniversário do início da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, a 07 de outubro.

Os serviços secretos confirmaram também a sua morte e descreveram o palestiniano como uma “bomba-relógio” que poderia explodir a qualquer momento, segundo o jornal The Times of Israel.

“Israel está em alerta para novos ataques do Hamas no período que antecede o aniversário do massacre, seja em Gaza ou na Cisjordânia”, afirmaram as forças de segurança.

Já as autoridades palestinianas calculam em 18 o número de mortos no último ataque israelita ao campo de Tulkarem.

O jornal “Filastin”, ligado ao Hamas, confirmou a morte do palestiniano, apelidado de “O Dilúvio”, líder das Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, acrescentando que duas crianças também foram mortas nos bombardeamentos israelitas.

O porta-voz da presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Rudeina, condenou o “massacre” e considerou o governo de Benjamin Netanyahu “totalmente responsável” pelas “repercussões deste crime atroz” contra o povo palestiniano.

As Nações Unidas condenaram a operação que qualificaram de “ilegal” de Israel sobre o campo de refugiados na Cisjordânia ocupada.

“Este ataque insere-se num contexto muito preocupante de uso ilegal da força por parte das forças de segurança israelitas durante as operações militares na Cisjordânia, que causaram numerosos feridos a palestinianos e danos significativos em edifícios e infraestruturas”, afirmou Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em comunicado.