“Estamos a falar de uma conta pessoal que tenho desde 2007 ou 2008, e que desapareceu esta segunda-feira de manhã, quando tinha cerca de 52.000 seguidores. Foi completamente desativada, não lhe posso aceder e perdi todos os conteúdos que lá estavam”, declara o presidente da câmara e candidato do PSD à Lusa.
Ao detetar o problema, Salvador Malheiro começou por solicitar a intervenção da empresa através do sistema automático de ajuda para utilizadores da rede, o que classificou como “um processo muito lento que praticamente não resolve nada”, mas, graças à “intervenção da estrutura superior do PSD”, conseguiu depois “falar com a direção do Facebook na Europa”, que estará agora a tentar recuperar o seu perfil.
“O que o Facebook me disse é que a página foi extinta depois de terem detetado uma tentativa de pirataria por terceiros, já que a conta podia ter ficado comprometida. Dizem que me foi enviada uma mensagem de alerta, mas eu não lhe respondi e, nesses casos, o procedimento é deitar a página abaixo, para evitar riscos de segurança”, explica o social-democrata.
A tecnológica norte-americana estará agora “a envidar todos os esforços para recuperar a página e os seus conteúdos”, mas Salvador Malheiro lamenta a demora do processo, que considera particularmente preocupante “em época de campanha eleitoral”, até pelo que a situação espoleta de rumores.
“Já andam a dizer por Ovar que foi a Comissão Nacional de Eleições (CNE) a eliminar a página, mas isso não tem lógica nenhuma. Não há nenhuma decisão da CNE na origem disto. Não recebi qualquer indicação deles sobre o tipo de conteúdo que existia na página, nem eles podiam eliminá-la por si mesmos ou obrigar-me a mim a extinguir tudo”, argumenta o também candidato do PSD.
Quanto aos autores do alegado “hacking”, Salvador Malheiro diz não ter ideia de quem serão, mas adianta: “Temos o Facebook, ao mais alto nível, a tentar averiguar isso”.
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